Flexibilização da quarentena pode reaquecer a economia em São Paulo
Decreto do governador João Dória prevê cinco etapas para reabertura do comércio
Nesta quarta-feira, 27 de maio, o governador de São Paulo, João Dória, anunciou a prorrogação da quarentena no Estado de São Paulo. Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governador afirmou que a restrição será válida por mais 15 dias a partir do dia 1° de maio, segunda-feira. No entanto, Dória anunciou que, apesar da prorrogação, a quarentena será flexibilizada a partir da mesma data em algumas regiões do estado.
O plano de flexibilização do isolamento social, denominado de “Retomada Consciente”, foi pensado para permitir a retomada gradual e escalonada da atividade econômica em São Paulo, e prevê cinco etapas
O Estado de São Paulo foi dividido em 18 regiões, e estas, identificadas por cores. A primeira etapa, determinada como fase vermelha, é de máximo alerta, permitindo apenas que os serviços essenciais funcionem. Já a fase laranja (2), ainda é de controle e impõe medidas restritivas, mas já permite a abertura de setores como imobiliárias, concessionárias, comércios, shoppings e escritórios. A fase amarela (3) prevê a abertura de restaurantes, salões de beleza e bares, com restrições de fluxo de clientes e horários, enquanto a fase verde (4) permite um nível maior de abertura, mas ainda com restrições. Já a última fase, prevê a liberação total com medidas de higiene, chamada de “o novo normal controlado”.
Cada uma das regiões será avaliada periodicamente de acordo com alguns indicadores, como a taxa de ocupação das UTIs, número de óbitos e internações por coronavírus, número de casos e total de leitos a cada 100 mil habitantes. Tais critérios foram estabelecidos pelo Comitê de Contingência para Coronavírus e pela Secretaria Estadual da Saúde, e utilizados para classificar cada uma das regiões do estado nas fases de flexibilização da quarentena.
“Muitas empresas, negócios e trabalhadores podem se beneficiar da flexibilização da quarentena” avalia Tom Carlsen, COO da mywork, especializada em controle de ponto online “Muitos profissionais desempregados podem ter a oportunidade de voltar ao mercado de trabalho, assim como os pequenos comércios que estão com risco de falir podem voltar à ativa. Mas essas medidas só podem ser tomadas caso sejam chanceladas por técnicos de saúde pública e garantam que a segurança da população seja preservada”, comenta o executivo.
Haverá prioridade, de acordo com o plano de reabertura do comércio, para setores que geram mais empregos ou que correm maior risco de falência, mas que ainda assim apresentam menor potencial de contágio. Num momento em que o país chegou ao índice de 12 milhões e 800 mil desempregados, segundo pesquisas do IBGE, a medida pode aquecer a economia no estado de São Paulo e gerar mais contratações de funcionários.
A mywork ainda identificou que, das empresas que haviam parado pela quarentena, cerca de metade já voltaram à ativa, mesmo que de forma remota, em regime de home office.
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