Cadeia de Colina recebe presos das seccionais de Barretos e Bebedouro
A cadeia pública de Bebedouro, que abrigava presos do sexo masculino, foi desativada no dia 4 de janeiro e desde então Colina se tornou a única cadeia transitória de toda a região, passando a atender duas Seccionais (Barretos e Bebedouro), o que tem aumentado o número de detentos.
A reportagem procurou a assessoria de comunicação social da Delegacia Seccional de Bebedouro que informou: “A deliberação para o encerramento das atividades da cadeia pública em Bebedouro foi tomada com base em critérios absolutamente técnicos e teve aval da Diretoria de Departamento”. Há vários anos a Seccional de Bebedouro abriga os presos do sexo feminino na cadeia de Viradouro. A Seccional de Barretos não possui cadeia feminina
A cadeia de Colina possui 6 celas sendo que uma delas, separada das demais, é destinada ao recolhimento de adolescentes infratores. Cinco, com capacidade para cinco pessoas, são para a detenção dos presos da região. Segundo consta, o limite máximo já teria sido extrapolado em algumas ocasiões após a mudança, o que não é bem visto pela população.
O prédio da delegacia, que abriga também a cadeia, necessita de investimentos em segurança. O número maior de detentos pode ocasionar uma fuga em massa e até outros problemas que afetam diretamente a comunidade. Estão vindo para cá presos que cometeram vários tipos de crimes, o que tem atraído diversos familiares para a porta da delegacia e aumentado, consideravelmente, os atendimentos para um número de servidores que não acompanhou a demanda.
O número maior de presos também aumenta as idas e vindas dos detentos ao Pronto Atendimento Municipal, serviço que é realizado pela Polícia Militar que já está com o efetivo reduzido. Ou seja, os policias são tirados da rua, onde deveriam estar dando segurança, para escoltar os presos ao plantão médico. Além disso, todos os custos com os atendimentos dos detentos, que não são daqui, são realizados com recursos municipais. O preso não espera a vez na fila e passa na frente de quem estiver aguardando a consulta.
A reportagem solicitou informações à Seccional de Barretos, mas não teve retorno até o fechamento desta edição.
RETROSPECTIVA
A cadeia pública de Colina era destinada a detentos do sexo masculino. Em 30/11/2011 passou a abrigar detentas do sexo feminino, quando recebeu as presas de Jaborandi já que a cadeia de lá foi evacuada devido à epidemia de tuberculose. Em 1/4/2017 as presas foram transferidas para Viradouro e a cadeia voltou a receber presos. Nesta ocasião, 13 de Severínia foram transferidos para cá. O local recebeu adequações e ficou com 6 celas, passando a ser cadeia de “transição”.
Fachada da Delegacia de Colina que também abriga a cadeia pública.
Polícia escolta presos transferidos para Colina. Arquivo O Diário
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