Bispo manifesta insatisfação com proibição de missas
Em comunicado encaminhado à imprensa, o Clero de Barretos, representado pelo bispo diocesano D. Milton Kenan Júnior (foto), manifestou insatisfação diante das restrições mais acentuadas adotadas pelo governo estadual que impossibilitam a continuação das celebrações litúrgicas. A Igreja Católica adotou as medidas restritivas que estão em vigor desde a última segunda-feira e suspendeu as celebrações presenciais.
“Nós, pastores da Igreja de Deus, consideramos insubstituível neste momento o serviço que prestamos ao nosso povo, que encontra na fé e nos sacramentos o sustento para conviver e superar o momento grave pelo qual passamos”, destacou D. Milton que ressaltou: “Para nós, católicos, nada substitui a participação dos fiéis à Eucaristia. Ela é fonte e o cume da vida cristã. Até esse momento não há nenhum indício de que nossas igrejas, tendo adotadas as medidas de segurança, sejam locais de contágio; ao contrário, há comprovação de que nas igrejas que respeitam as medidas sanitárias, não há nenhum indicador de contágio ou propagação da doença”.
MEDIDAS INEFICAZES
O bispo ainda atribui a situação deplorável a que chegaram vários Estados e municípios, à beira de um colapso imaginável, a falta de medidas governamentais eficazes. “É lamentável que, diante da triste realidade de quase 300 mil mortes, vítimas da Covid-19, assistamos da parte das autoridades competentes medidas inócuas, contraditórias, carregadas de cunho político-partidário”.
Ele lamentou também as centenas de milhares de mortos vítimas da pandemia. “Vidas que poderiam ser poupadas se houvesse um planejamento sanitário e um cronograma sério da parte das autoridades”. D. Milton também manifestou gratidão a todos os profissionais de saúde que, na maioria das vezes, se sentem impotentes diante do número de internações e óbitos que crescem dia a dia. “Rezamos e pedimos a Deus que o cansaço e o desânimo não abatam os profissionais de saúde e que suas vidas sejam protegidas”.
O bispo finalizou o comunicado dizendo: “A igreja, com as portas abertas ou fechadas, está pronta para socorrer e aliviar aqueles que sofrem”.
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