Lockdown está descartado, porém restrições ficam mais rígidas para aglomerações e festas clandestinas
Esta foi a decisão tomada por uma força-tarefa composta por Prefeitura, Câmara, Ministério Público e Polícia Militar que esteve reunida na manhã de terça-feira, dia 1º, no auditório da Secretaria de Educação.
Esta é a segunda reunião para discutir medidas mais rígidas para combater a propagação do coronavírus. A primeira aconteceu na manhã do dia 26 na Câmara Municipal e contou com a presença de todos os vereadores (exceto o presidente que está com problemas de saúde), prefeito, secretários e representantes da Vigilância Sanitária.
As reuniões foram convocadas pelo vereador Antonio Muniz que levantou a necessidade de discutir o assunto lockdown mais amplamente depois que várias cidades da região decretaram o bloqueio.
“O comércio está passando pelo pior momento de sua história e propor um lockdown seria o caos. Além do que tem muita divergência sobre a eficácia desta medida na redução de contaminação”, explicou Muniz que também acrescentou: “Na primeira reunião foi declarado pelo chefe da Vigilância Sanitária de que o comércio tem obedecido as medidas restritivas e não tem causado problemas. E que o grande problema são as aglomerações e as festas clandestinas na zona rural. Diante da afirmativa do chefe da VS de que é impossível fiscalizar estes eventos sem o apoio da Polícia Militar, convidamos a PM e Ministério Público para discutir a questão e buscar uma solução em conjunto. Portanto, de forma harmônica e todos engajados no mesmo objetivo, chegamos ao consenso para descartar o lockdown e endurecer as restrições contra as aglomerações nas avenidas, lago, etc bem como nas festas clandestinas na zona rural.
AMEAÇA
O chefe da Vigilância Sanitária, Sílvio Paro, informou que ele e os demais fiscais são ameaçados quando, por meio de denúncias, fiscalizam estes eventos. O prefeito Dieb reforçou a necessidade da presença de policiais militares nestas fiscalizações e disse até que muitos fiscais estão querendo deixar o cargo por conta das ameaças.
O capitão da 4ª Cia. da Polícia Militar em Guaíra, Marlon de Assis Magro, participou da reunião do dia 1º ao lado do Sargento Hespanhol, comandante do Grupamento e disse que a PM vai apoiar as fiscalizações.
O promotor de justiça. Giullio Chieregatti Saraiva disse que é importante a união de esforços para atingir o objetivo. Alertou também que o tráfico de drogas é muito presente no município e isso interfere nos eventos clandestinos.
Nesta segunda reunião estiveram presentes os vereadores Montanha, Muniz, Evonei, Fátima, Rafael e Valdir. Todos apresentaram sugestão e reforçaram a proposta de um trabalho em conjunto em benefício da população.
PANCADÃO
A realização de festas clandestinas na zona rural, os “pancadões”, viraram caso de polícia. Os proprietários rurais estão sendo notificados e poderão ser multados pela Vigilância Sanitária se os eventos persistirem.
Após as notificações os proprietários ou arrendatários das áreas rurais têm recorrido à Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência sobre as festas clandestinas alegando que não existe permissão para tal. Pedem a intervenção da Polícia Militar, que é acionada via 190, mas recebem a resposta de que não tem efetivo para atender a ocorrência.
“A questão está fugindo do controle e pode gerar consequências desastrosas”, desabafou um produtor rural que preferiu não se identificar.
A primeira reunião para debater as medidas restritivas contra a propagação da Covid aconteceu dia 26 na Câmara. A secretária de Saúde, dra. Sadia, falou da importância do engajamento de todos. O encontro foi produtivo e no dia 1º aconteceu outra reunião.
Promotor de Justiça Giullio Saraiva destacou a união de esforços em benefício da comunidade.
Sílvio Paro, chefe da Vigilância Sanitária, alertou que não é possível fiscalizar aglomerações ou festas clandestinas sem a presença da Polícia Militar.
O Capitão PM Marlon, ao lado do sargento Hespanhol, fala durante reunião coordenada pela Câmara que contou com as presenças do prefeito Dieb e do promotor Giullio Saraiva.
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