O desrespeito dos candidatos 
 
Na semana de dia 23 a 27/08 estive em Colina junto com alguns amigos que, assim como eu, também não são da cidade. Por ficar em uma rua no centro, com uma movimentação muito grande de tráfego de carros, barulho do comércio e pessoas, acabamos relevando os ruídos vindos da rua, mas infelizmente a minha última estadia não foi muito confortável e deixou a desejar. É por esse motivo que resolvi expressar minha indignação com relação aos Candidatos a Vereadores e Prefeitos da Cidade
Infelizmente Colina não possui a facilidade de propaganda política transmitida em canais abertos, mas isso não implica que os candidatos possam desrespeitar a população. Sem pensar no próximo, acabam atrapalhando a população com músicas extremamente altas vindas de carros de som para fazer as propagandas. Músicas ensurdecedoras que acordam crianças, atrapalham  idosos e impedem pessoas de estudarem e dormirem (pois os carros passam às 9 horas da manhã de domingo). Assim como relatou uma colinense, em uma rede social, que tenta estudar para as provas de vestibular, mas não consegue porque carros de som passam de 30 em 30 minutos na porta de sua casa, fazendo com que ela perca a concentração. 
Essa reclamação não é somente minha ou da estudante, mas provavelmente de toda a população colinense que é interrompida e obrigada a aguentar esse barulho insuportável todos os dias até que as eleições acabem. Concordo que músicas são utilizadas como ferramentas de marketing durante as eleições, mas não seria válido utilizar a criatividade com outras formas de propaganda política ou até mesmo utilizar os carros de som, porém em horários adequados e em um volume que seja tolerável? Será que eles ainda pensam que as paródias como esse "Tchu Tcha Tcha" ainda é um ponto positivo na conquista de votos?
Existem outras maneiras de se conquistar o público, Srs. Candidatos. As músicas ALTAS atrapalham em todos os horários e em qualquer ocasião. O eleitor é conquistado pelas ideias, pelas propostas de melhoria ao município e não com músicas extremamente altas circulando pela cidade, atrapalhando a concentração e a vida de todos. 
Ana Helena Alli Vizzotto
 
 
Os Sons de Colina
 
Colinenses nº 7
 
Os amigos estranham e cobram: você só fala bem de Colina; será que não tem nada errado nesse pretenso paraíso? Você não vê nada ruim na cidade? 
Ver, não vejo. Mas, a bem da verdade, ouvir, eu ouço. E eu sou surdo! Surdo de usar dois daqueles aparelhinhos de ouvir que não servem pra nada, embora custem os olhos da cara – os ouvidos também..
Não tenho nada contra os serviços de alto-falantes que irradiam mensagens de propaganda. Uma das minhas primeiras lembranças de Colina, eu a devo justamente a eles. 
Na praça da matriz, havia um que tocava música durante os footing de sábados e domingos, e também servia de mensageiro do amor, transmitindo recados entre namorados, vocalizando propostas dos mais tímidos, um eficiente auxiliar de Cupido na cidade já romântica de então. 
(...) 
Os serviços de alto-falante de agora veiculam outro tipo de mensagens. Nada contra elas, tampouco. Mas contra o volume. Este destoa do pa raíso colinense; não creio que São Pedro o tolerasse em seus domínios celestiais – nem Adão, nem Eva no Éden. Nem a cobra da maçã, apesar de igualmente surda, segundo dizem, o poderia suportar, como eu. 
O que fazer? Quem tem ideias? 
O que os operadores dos alto-falantes e seus anunciantes talvez não percebam é que o volume de seus anúncios desperta, em muitos, ouvintes forçados, uma reação negativa com respeito à mensagem que transmitem, tornando a propaganda contraproducente: não comprar, de jeito nenhum, o produto ou o serviço, é a disposição que assumem, entre dentes, muitos dos machucados pelas balas sonoras de grosso calibre, medido em decibéis (é o meu caso). 
A solução não estaria em medidas coibitivas, mas, talvez, numa assessoria acústica e de marketing aos operadores desses serviços, para que aprendessem em que volume e frequência sua mensagem pode ser mais bem recebida, sem incômodos indignados, em proveito de seus anunciantes e em consideração a seu público. Os entregadores de gás e água parecem ter alcançado dose tolerável, e melódica, ao menos para meus ouvidos diminuídos. 
Altos volumes de som estilhaçam vidros e também derrubam muralhas. Lembrem-se das trombetas de Jericó! Vai que abalem os muros omnipresentes em Colina, que enclausuram as residências (...)
Renato Prado Guimarães 
Reproduzido do blogue www.colinaspaulo.blogspot.com 

Postado em 08/09/2012
Por: A Redação
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