Pe. Santana aborda a insegurança nos sermões e critica a falta de delegado e o efetivo reduzido
Padre Santana é uma espécie de conselheiro espiritual e como tal os fiéis o procuram para falar dos mais variados assuntos, mas o que está na pauta no momento é a crescente onda de furtos que tem deixado a população com medo, principalmente os comerciantes que se tornaram alvo dos criminosos.
Preocupado com a segurança da comunidade, o pároco decidiu explorar o assunto nos sermões das missas, onde dá dicas de segurança para os fiéis se protegerem da bandidagem que “tomou conta da cidade”.
“Não sou especialista em segurança pública, mas depois que soube do arrastão no Cantinho da Roça resolvi usar as armas que tenho para ajudar os fiéis a se protegerem. Não basta apenas investir em equipamentos de segurança, a situação chegou num ponto que precisamos nos precaver de todas as formas”, declarou Santana.
Ele também cobrou atitudes das autoridades e da própria população que não pode desanimar diante dos fatos. “Claro que temos que pedir a Deus para olhar por nós, rezar é fundamental, mas até quando vamos permitir que Colina continue esquecida, sem delegado, com um efetivo reduzido e apenas com um investigador enquanto Jaborandi tem 4. Isso é realmente um grande descaso com a população”.
Para ele, quem argumenta que não é bem assim, está querendo tapar o sol com a peneira. “Todo mundo sabe que as ocorrências cresceram e ainda há quem diga que o número de policiais é condizente com estudos ou com o número de habitantes. Será que alguém acredita nisso?”.
Padre Santana também diz que o desânimo do povo vem do fato que as leis favorecem mais os bandidos que o cidadão de bem, que levanta cedo para ganhar honestamente o sustento da família. “As leis têm que ser mudadas porque não dá para acreditar que o ladrão que te furtou, que você sabe quem é ou foi reconhecido nas imagens das câmeras, continue solto porque não foi preso em flagrante. Será que estão esperando acontecer uma tragédia, algum desses bandidos que estão à solta matar alguém da nossa família?”
A droga é o câncer da sociedade e o consumo atingiu um ponto nunca visto antes. “Todo mundo sabe que a maioria dos crimes é praticado por viciados ou para pagar dívidas com traficantes, mas o que fazer. Não basta a polícia prender, a justiça tem que fazer a sua parte e deixar estes bandidos atrás das grades para que a população tenha um pouco de paz e tranquilidade”.
O pároco lembrou que a Comunidade Terapêutica Terra Santa, administrada pela Casa Assistencial, está de portas abertas para os dependentes químicos que querem mudar de vida e se libertarem dos vícios.
SUSPENSÃO
O Diário Oficial do Estado publicou na edição do dia 7 de fevereiro a designação do dr. César Aparecido Martins para responder por Colina de 1 a 28/2, em virtude da SUSPENSÃO do titular Fernando César Galletti. A Secretaria Estadual de Segurança não informa o motivo da suspensão.
Postado em 23/02/2013
Por: A Redação