Colinenses nº 34
Batendo pelo teto
Ninguém gosta de fazer “baliza” com o carro; é a exigência que mais reprova no exame para tirar carta. Embora o estacionamento seja fácil em Colina, aqui existe um cuidado adicional, e inusitado, a tomar.
Há normalmente que cuidar, na inefável manobra, para
1) não subir na sarjeta, do lado direito, com as rodas traseiras;
2) não bater com o para-lama dianteiro direito na traseira do carro parado à frente;
3) não tocar o carro atrás com a traseira do próprio carro;
4) não bater no carro da frente, ao ajeitar o veículo para ficar mais rente à sarjeta.
Em Colina, é preciso, também,
5) por a cabeça pra fora, torcer o pescoço pra cima, e atentar para ver se não se vai bater o topo do carro nos galhos mais baixos das árvores frondosas.
Duvidam? Pois então tentem parar em frente do “O Colinense”, na Pio de Mello Nogueira, à direita na direção da casa nova do Tô e do Perobal. É um perigo para qualquer carro – um risco letal, de vida mesmo, se for conversível.
Isso aí só conta a favor de Colina e de sua arborização única, esplêndida, modelar, para nem o ecobotânico mais exigente botar defeito.
Mas quem sabe o Maringá não queira inovar e bolar um sinal de trânsito pioneiro no mundo, alertando os motoristas para o risco vindo de cima, ao estacionar: uma árvore frondosa, com os galhos baixos, um carro arranhando o teto sob eles (RRRRRRRRR!), tudo inscrito num triângulo convencional de advertência. Para dar mais graça, um cachorrinho de pata levantada junto ao tronco...
Seria uma inovação capaz até de aparecer no Fantástico, e correr o mundo depois, glorificando Colina por colocar a árvore ecológica por cima do carro poluente!
Postado em 23/02/2013
Por: A Redação