O “trevo” da Cargill
Sem dúvida é motivo de alegria quando é estampada alguma notícia de serviços ou como usualmente são utilizadas no jargão político, obras e melhorias rodoviárias em nossa região.
A alegria se dá pelo fato de que por muitas vezes e longos anos o Governo do Estado, através do seu Departamento de Estradas de Rodagem não corresponde aos anseios da população regional e com muitos anos de lentidão e atrasos concede estes serviços e melhorias rodoviárias em nossa malha rodoviária. É triste lembrar a quantidade de pessoas que perderão suas vidas pela falta de atendimento e planejamento adequado e dos órgãos responsáveis e implementar realmente obras rodoviárias com projetos modernos e eficientes, atendendo o escoamento da produção agrícola e a completa segurança viária do usuário. Vale ressaltar que estamos focalizando o básico em se tratando de malha rodoviária, que nada mais é do que uma conservação de rotina e especial dentro dos padrões normais de intervenção periódicas, onde a conservação da faixa de domínio (roçada), limpeza de bueiros, tapa-buracos, sinalização vertical e horizontal, atendimento ao usuário, não é favor nem ganho é obrigação do Estado.
Mais precisamente, e no intuito de somar aos leitores deste jornal e, como temos uma pequena participação na matriz de planejamento do rodoviarismo paulista, através da Associação Rodoviária do Brasil e dos preceitos da responsabilidade sócio ambiental que todo profissional deve ter, acredito que nas solicitações quanto à reivindicação do acesso em terra na SP-373 – Rodovia Antoônio Bruno, que liga Colina Jaborandi, com jurisdição do DER/DR-14.1 – Barretos, que coincidentemente, está do lado oposto ao acesso pavimentado ao Bairro Nova Colina, cujo trecho está em área urbana do município, o que agrega outra característica ao trecho de conurbação, não necessariamente é correto reivindicar só do DER/DR-14 Barretos, a solução para o local questionado.
Realmente o cruzamento é perigoso como tantos outros cruzamentos existentes em nossa cidade, porém o que temos a direcionar é uma situação de irregularidade, onde uma empresa do porte da Cargill, passa a operar esta unidade em Colina, recebe a orientação inclusive com normas de projeto para providenciar junto ao Departamento de Estradas de Rodagem a regularização do seu acesso comercial pela SP-373, fizemos várias reuniões, inclusive com o Sr. José Dadario, um dos responsáveis pela unidade de Colina, justamente para aproveitar o momento em que se estava efetuando as intervenções no acostamento da SP-373.
Não podemos garantir dentro das normas de projeto do DER, que haja um trevo com proximidade de 500 metros um do outro, porém estudos indicavam que poderia ser dois acessos independentes, um específico da Cargill, com faixa de desaceleração sentido Jaborandi – Colina, e outro acesso cidade – bairro para o Bairro da Nova Colina.
Assim com estes acessos normalizados por parte da Cargill, Colina poderia ter aos usuários e moradores do Bairro uma forma mais segura de efetuar o retorno pelo acesso da Cargill e assim também os colaboradores da Unidade da Cargill, teriam também mais segurança nas manobras.
Estranhamente, após inúmeras reuniões acompanhadas pessoalmente por mim, pelo Engº Aristides Campos Neto, Engº Orlando com a participação do Sr. Vice-prefeito Ronaldo Daher, que por várias vezes se empenhou em somar esforços para sensibilizar a Car-gill, em participar e regularizar esta situação, pois é sua obrigação como empresa cumprir as determinações da Lei e dos direitos e normas da Superintendência do Departamento de Estradas de Rodagem.
Não preciso salientar que como pode ser solicitado ao DR-14 Barretos que realize uma obra de um acesso ao trevo em área exclusivamente particular e comercial, sem que pelo menos a Cargill possa entrar com solicitação de regularização do seu acesso comercial, recolhendo as taxas cabíveis e executando o projeto de acesso.
Se faz mister que poderá dentro de uma soma de objetivos maiores a junção das forças da Prefeitura do Estado e da Cargill em solucionar este problema.
Se todos derem um pouco de sua contribuição e boa vontade haverá com certeza avanços enormes em se tratando de segurança e bem estar dos nossos usuários e colinenses.
Em tempo; seria interessante também fazer um levantamento junto ao DER de como anda a normalização de acessos das fazendas, chácaras, empresas, cultivos junto a faixa de domínio, mostrando a população o desconhecimento e a total falta de responsabilidade sócio ambiental que os lindeiros impõem ao Departamento de Estradas de Rodagem.
Acredito que não é só pedir ao Estado, temos que colaborar como cidadãos e profissionais cientes de nosso dever cívico em respeitar as leis.
Concluo com algumas perguntas: Porque a Cargill em Colina teve problemas com o meio ambiente, e está com seu acesso não regularizado? Porque seus técnicos tratam o cidadão colinense como de 2ª classe? Porque o pátio de manobras é em terra e não pavimentado, fazendo com que toda a sinalização de pista fique ineficiente?
Será que o mesmo vírus da TEBE-Pedágios-empregos disseminaram?
Aldo Arouca
Engenheiro Ambiental
Postado em 15/03/2013
Por: A Redação