Em entrevista exclusiva à reportagem, João Vitor afirmou que o seu grande sonho, como de todo jogador de futebol, é fazer parte da seleção brasileira. “Trabalho com muita dedicação e fé para conquistar meu espaço e pretendo estar entre os convocados para a seleção dos Jogos Olímpicos e depois da Copa do Mundo de 2018”. 

TRAJETÓRIA 

O menino João Vitor começou a despertar  para o futebol nas “peladas” de fim de tarde no campo da Vila Guarnieri, bairro onde mora. Depois integrou a Escolinha Municipal de Futebol e recebeu os ensinamentos do técnico Marcão, a quem se refere como o “grande professor”. 

O volante, que também joga de lateral direito, foi vice-campeão da Copa Colina de Futebol Infantil em 2009. Na ocasião um “olheiro” do Laranja Mecânica, de Arapongas/PR, assistia a Copa e se interessou pelo atleta que tinha 13 anos. Mudou-se para Arapongas para integrar a base do time infantil. 

SUPERAÇÃO 

Para ele o ponto positivo foi a aprendizagem e a maior dificuldade a distância dos familiares. “A saudade é um adversário cruel. Estava a cerca de 700km de distância e só podia visitar meus pais no Natal e em julho. No futebol a gente aprende que tudo passa pela superação”, destacou João Vitor. 

Antes sãopaulino, agora botafoguense, ele relembra que ficou no Laranja Mecânica (nome alusivo à época gloriosa da seleção holandesa, isto porque o time de Arapongas tem ligação com aquele país), por 2 anos e meio. Retornou a Colina em dezembro de 2011 enquanto aguardava a promessa de ser indicado a outro time. Isso não aconteceu por meio dos paranaenses e sim pelos colinenses. 

Depois de participar de dois amistosos entre Escolinha e Botafogo, de Ribeirão Preto, foi convidado a fazer um teste no “Bota”. Passou e em 10/3/2012 integrou o sub 15 do time. Quatro meses depois, exatamente dia 13/7/2012, já com 16 anos, passou a ser atleta profissional do Botafogo. O seu agenciador é o empresário colinense Fauze Taha, diretor-proprietário da Ribercred. 

NA  MÍDIA 

Hoje assalariado, João Vitor, que é fã de Ramires e Cafu, diz que já está ajudando financeiramente os pais. Ainda na reserva, ele ganhou os holofotes da mídia no mês passado ao estrear no Campeonato Paulista no dia 21/4, quando o Bota jogou com o XV de Piracicaba. 

“Não consegui dormir na noite anterior. É muita ansiedade”, disse o volante que ao ser indagado que nota merecia seu desempenho, de 0 a 10, avaliou em 7. Antes do Paulista, ele jogou a Copa Paulista, o Paulista sub 17, a Taça São Paulo e agora se prepara para o Campeonato Brasileiro, série D. 

“Agradeço a todos que me apoiaram, o professor Marcão, o Barba, meu pais, minha irmã, meus tios e o Fauze que acreditou no meu potencial. Meu sonho é fazer parte da seleção brasileira e, como cristão, tenho fé que as conquistas dependem de muito trabalho, dedicação e a bênção de Deus”, finalizou João Vitor. 

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