A Polícia Militar foi acionada na noite de segunda-feira, 3, para registrar um boletim de ocorrência envolvendo o vereador Salomão Jorge Cury Filho “Mãozinho”, 52 anos, o operador de máquina Diego de Souza Delfino, 26 anos e seu amigo Pablo Nunes da Silva, 17 anos, estudante. 

O B.O. foi registrado às 22h15 como averiguação de desacato/vias de fato. Segundo consta, durante a reunião um grupo de skatistas, do qual os dois jovens fazem parte, aplaudiu o pronunciamento do vereador Henrique Campase, que contrariou posicionamento do vereador Salomão. 

Mãozinho contestou e pediu à presidente que não poderia haver manifestação, até porque, por se tratar de um projeto complexo, o público presente não tem conhecimento do que está sendo votado. 

 

VEREADOR QUEBROU COPO 

Diego relata em sua versão que durante a reunião o vereador Salomão teria discutido com alguns vereadores e quebrou um copo com água em plena sessão. Quando aconteceram os aplausos ao vereador Henrique, Mãozinho pediu a presidente que intervisse e cessasse a manifestação, dizendo que a plateia não sabia o que estava aplaudindo. 

Diego e os companheiros saíram do recinto da Câmara e esperaram o fim da reunião, do lado de fora. Segundo eles, o grupo buscava apoio dos vereadores para a realização de um Campeonato de Skate nos dias 13 e 14 deste mês, coordenado por Oscar Meyer “Chileno”. Eles também reivindicam a reconstrução da pista de skate do Parque Débora Paro, que contém irregularidades. 

 

DESACATO/AGRESSÃO 

O vereador Mãozinho foi o último a deixar o recinto da Câmara e quando saiu foi abordado por Pablo e Diego. 

Na versão do vereador um deles teria perguntado por que chamou a população de “burra”. Contestou dizendo para não colocar palavras em sua boca e questionou porque estava sendo filmado. Os jovens teriam repetido a pergunta, foi quando o vereador deu um tapa no celular que caiu ao chão. Disse que jamais tocou em um dos jovens e foi sim agredido verbalmente. 

Os jovens registraram no B.O. que Pablo teria cumprimentado Mãozinho e lhe disse: “O senhor não acha que o modo como se dirigiu ao público não foi ofensivo, dizendo não saber porque batiam palma?” O vereador disse que não. Então, foi novamente interpelado. Na sequência deu um tapa no celular que estava com Diego. O vereador pisou sobre o celular, momento em que Diego tentou empurrá-lo para proteger o aparelho e levou uma soco no rosto. Diego relata que não revidou e ainda colocou as mãos para trás. Em seguida passaram a se agredir verbalmente até a chegada da PM. 

Diego Delfino informou que iria anexar ao B.O. o laudo médico sobre a agressão. Ele e o amigo Pablo, que é presidente do Grêmio Estudantil da EE “Prof. Darcy Silveira Vaz” e delegado da Assembléia Nacional dos Estudantes Livres (ANEL), disseram que vão levar o caso ao conhecimento do Ministério Público. 

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