Ministério Público investiga a Santa Casa de Barretos
Reivindicações: Integrantes do grupo comunitário entregam carta à provedoria da Santa Casa, recebida por Isabel Ferreira Gomes.
O Ministério Público solicitou cópia de relatório de inspeção ao Conselho Regional de Medicina relativo às atividades da Santa Casa de Barretos no segundo semestre de 2012.
O objetivo é apurar quais as necessidades do hospital, medicamentos e serviços que estão em falta e detectar outros pontos que podem comprometer os atendimentos.
A solicitação foi requerida pela Promotoria de Justiça após o recebimento de documentos de alguns médicos que procuraram o MP, apontando descontentamento como salários atrasados e condições inadequadas de trabalho. Nos documentos, os profissionais chegaram a cogitar a paralisação da UTI Neonatal e dos serviços de diagnóstico por imagem. Segundo o promotor Flávio Okamoto, o prazo para que o Conselho de Medicina enviasse o relatório venceu há mais de dez dias e que a entidade será cobrada novamente.
“Posteriormente entregarei esse relatório de inspeção ao provedor para que aponte daqueles pontos negativos verificados em 2012 - o que foi solucionado e também indagarei aos médicos responsáveis por cada área sobre as dificuldades que encontram, se falta o essencial e quais as condições de trabalho”, afirmou.
O promotor acredita que essas reivindicações vieram à tona após a abertura de inquérito civil para apurar a situação do Pronto Socorro que atualmente atende urgências e emergências. “Os médicos aproveitaram o momento de crise e trouxeram ao Ministério Público o conhecimento desses fatos para que alguma medida seja adotada e a vontade de todos, tantos dos profissionais quanto da provedoria, é que a Santa Casa seja salva e consiga sanear os problemas financeiros”, finalizou.
O provedor Renato Peghim destacou que o Ministério Público tem feito trabalho brilhante e que o momento é de unir forças.
O diretor Fauze Daher anunciou que fará assembleia com o corpo clínico nesta semana para decidir quais medidas poderão ser adotadas. Ele defende a intervenção do Poder Público para amenizar a crise financeira do hospital.
Postado em 20/07/2013
Por: A Redação