Presas vindas de Jaborandi não estão com tuberculose 
As detentas que vieram da cadeia de Jaborandi e estão em Colina a uma semana, desde o último dia 30, não estão com tuberculose. A informação é da delegada Gláucia Régia Molaz Martins Simões que está respondendo pelo expediente administrativo da Delegacia de Colina até o próximo dia 15 devido às férias do titular. 
Em entrevista concedida à reportagem, na tarde da última segunda-feira, dia 6,  no seu primeiro dia de trabalho em Colina, a delegada contou que a cadeia abriga 39 presas e que nenhuma tem tuberculose. “As presas sem tuberculose foram encaminhadas diretamente para cá e as que precisavam  de exames para São Paulo”, explicou a delegada que informou que a transferência foi a decisão mais adequada e acertada tomada pela Seccional de Barretos para amenizar o problema. 
A interdição na cadeia de Jaborandi é por tempo indeterminado, até que sejam cumpridas as exigências que fazem parte da ação civil pública, interposta pelo Ministério Público e acatada pelo Poder Judiciário, que aponta entre as causas não só a epidemia de tuberculose, mas também a superlotação carcerária, deterioração do prédio, etc. 
Apesar da cadeia agora ser feminina não houve nenhuma mudança. Para absorver as carcereiras que trabalhavam em Jaborandi foi feita uma escala que está ocupando tanto os carcereiros do sexo masculino como do feminino. 
Doutora Gláucia é titular da Delegacia da Mulher de Barretos e nos 18 anos de profissão esta é a primeira vez que é designada para Colina. Ela já respondeu por Jaborandi por duas vezes. “O fato da cadeia ser feminina não tem nada a ver com a minha designação, que foi determinada pela Seccional”, explicou. 
DELEGADA INCENTIVA DENÚNCIA DE MULHERES
Com certeza a permanência da delegada em Colina é uma oportunidade para as mulheres que queiram receber algum tipo de orientação e esclarecimento sobre a Lei Maria da Penha, que existe há 5 anos e significa uma vitória das mulheres contra a violência. 
“As mulheres se sentem mais à vontade em falar com outra mulher e até para narrar alguma particularidade. Me coloco inteiramente à disposição de qualquer mulher que queira conversar, principalmente casos relacionados à Lei Maria da Penha”, salientou dra. Gláucia  que atende três vezes por semana, no período da tarde. Os agendamentos podem ser feitos com o escrivão Fabiano Mendonça. 
“A Lei Maria da Penha trouxe uma nova roupagem para conter a violência, mas a denúncia é responsabilidade da mulher assim como dar seqüência ao inquérito. A violência é feita de ciclos e sempre volta pior”, comentou. 
Para a delegada o atendimento especializado para mulheres é um exemplo nítido que existe preconceito. “O atendimento à mulher é feito em todas as unidades, mas não são todos os municípios que possuem uma delegacia da mulher, isso é um exemplo de preconceito e discriminação”, ressaltou. Salientou, “as mulheres que sofrem algum tipo de agressão e violência devem procurar a cadeia local que tem competência para atuar com a mulher que mora aqui”. 
As Delegacias da Mulher dependem do número de habitantes para serem criadas, mas também podem ser conseguidas por meio de um despacho do governador do Estado. 
 
 
Doutora Gláucia, titular da Delegacia da Mulher desiginada 
para Colina.

Postado em 10/12/2011
Por: A Redação
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