O Milagre do Natal
A data mais importante do calendário cristão é o Natal, quando se celebra o nascimento de Jesus Cristo. É a época que as pessoas ficam mais plenas de vida, amor, envolvidas por um clima festivo, de paz e fraternidade, em que as badaladas dos sinos espantam todas as coisas ruins e atraem a boa sorte e a alegria.
A guirlanda, na porta de entrada, representa a proteção e a presença divina. A árvore, por mais simples que seja, é o símbolo expressivo do Natal, e é aguardada pelas crianças para ajudar a enfeitá-la com flocos de algodão, fitas, luzes e bolas coloridas, como frutos que indicam a nossa caridade e generosidade.
É a época de presentear pessoas, alegrar as crianças que não tinham como e com o que se alegrar, de harmonia e paz entre todos, amigos e familiares. Contam-se muitas lendas e histórias em todo o mundo que comemora o Natal. Como na Áustria, que é um verdadeiro país alpino, pois as montanhas nevadas dos Alpes ocupam quase todo o seu território. Berço de grandes compositores, como Strauss, de quem as valsas estão sempre presentes em todos os bailes de formaturas.
Foram nos seus pequenos vales que há muito tempo, nasceram povoados e vilas. Num desses amontoados de casinhas, bem nos arredores, vivia um sapateiro que sempre procurou orientar e ajudar os caminhantes. No meio da escuridão da época, mantinha uma velinha sempre acesa na janela de sua casa para indicar o caminho aos viajantes. De longe se via aquela janelinha iluminada que era o símbolo da felicidade daquele homem que vivia só.
Veio uma grande guerra e os jovens tiveram que partir para o campo de luta. O povoado ficou sem aqueles braços fortes para o trabalho e foi se empobrecendo cada vez mais. Mesmo assim lá estava a velinha do sapateiro todas as noites para manter viva a chama da sua esperança e felicidade. Todos comentavam que o segredo da felicidade daquele homem era aquela velinha acesa. Resolveram então imitá-lo.
Era véspera de Natal e em todas as casas havia uma vela acesa na janela. A vila resplandecia com as luzes. À meia noite, os sinos da igreja começaram a tocar, anunciando o fim da guerra. Todos diziam: “Um milagre!”. Não sei se foi essa a origem das luzes que iluminam as cidades e as casas na véspera do Natal, mas o Natal opera verdadeiro milagre nos corações e é, antes de tudo, a certeza da vinda de Deus à terra para ser a luz deste mundo.
Vamos seguir esta luz esplendorosa, contagiante, capaz de transformar os corações e iluminar o caminho de todos nós. Luz eterna, resplandecente, sugerindo uma solidariedade verdadeira, um compartilhar da paz, da felicidade geral, do amor incondicional, do perdão, da harmonia, do respeito à natureza, para construirmos um mundo superior, melhor e mais justo para todos.
Alberto Raad
Postado em 20/12/2013
Por: A Redação