“É preciso tomar atitudes, mas a quem devemos recorrer?”, desabafa vítima de assalto que ficou refém dos bandidos
Desânimo, medo e uma sensação de insegurança tomaram conta da Thaís Varella Almada após o assalto em que ela, seu marido e as três filhas ficaram reféns de bandidos armados por cerca de uma hora na noite do último dia 1º.
A reportagem procurou Thaís que fez um desabafo: “Chega de críticas que não levam a nada, é preciso tomar atitudes porque a minha família foi a última vítima e a próxima pode ser qualquer outra. A cidade cresceu, o número de ocorrências também. Até quando vamos continuar com o mesmo número de viaturas e policiais? O material humano se tornou reduzido para dar conta do recado. Será que ninguém vê isso? A quem devemos cobrar providências? A gente elege as pessoas para quê?”.
Essas são perguntas que toda população se faz há muito tempo e que se tornam mais frequentes a cada novo caso. Será que as autoridades estão esperando o pior acontecer para fazer alguma coisa? A população já perdeu a paciência tanto que saiu às ruas para protestar. Será que aqui também será necessário fazer o mesmo?
Thaís disse que a polícia já identificou um dos bandidos que assaltaram a sua casa. Trata-se de um menor de idade que, se ficar detido, será por pouco tempo. “Está tudo errado, o menor tem que ser responsabilizado pelo que faz. Eles aproveitam esta brecha na legislação para se dar bem sem esforço algum”, argumentou Varella que também reclama da falta de iluminação em frente a sua casa e dos terrenos do Jardim Taninha, onde reside, que são usados como plantação. “A minha irmã já perdeu a conta de quantas vezes foi à prefeitura pedir a iluminação, mas até agora nada. A gente paga os impostos em dia, inclusive o IPTU. Será que não temos direito de desfrutar de um serviço básico?”, questionou Thaís que também reclama da quantidade de plantações. “Se aqui é um bairro residencial não podemos permitir que as plantações tomem o lugar das casas”.
O ROUBO
O assalto aconteceu por volta das 20h30, quando o marido de Thaís chegava de moto em casa, que fica na Alameda Nadir Martins Junqueira Franco, última rua do Jardim Taninha. Os criminosos esperaram ele entrar na garagem e antes do portão se fechar o renderam. Eles usaram a tira de um avental e uma camiseta para amarrar suas mãos para trás antes de entrar na casa e dominar a família, que ficou em um dos quartos vigiada por um dos bandidos, enquanto os outros dois reviraram tudo. Todos os três estavam encapuzados e armados, um com uma faca de caça, outro com revólver e o terceiro com espingarda.
“Eles queriam as jóias e levaram todas as que tinha. Só fiquei com um colar que uso sempre e pedi para o ladrão deixar comigo. Ele me respondeu que podia ficar de lembrança”, contou. Acrescentou, “as minhas filhas começaram a chorar e eles não deixavam a gente olhar para o rosto deles em nenhum momento, quando percebiam falavam para abaixarmos a cabeça”.
A casa da família também é super protegida, tem todos os equipamentos modernos de segurança que não foram suficientes para impedir a ação dos bandidos.
Na fuga os assaltantes usaram o Uno da família, ano 2012, preto, para levar os 3 notebooks, ifone 5S, celulares Sony e Motorola, jogo eletrônico DS, Xbox 360, TV de plasma, maquiagens, cofrinho com R$ 300,00, carteira com todos documentos, cartões bancários e a moto Fazer 250, ano 2013, prata, que ainda não foi encontrada. O Uno foi localizado abandonado, amassado e sem chave, na zona rural da cidade dois dias após o roubo. Antes de ir embora, a quadrilha deixou a família no banheiro. A Polícia Civil foi acionada e logo chegou à residência. As imagens gravadas pelas câmeras de segurança estão sendo analisadas pela polícia.
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Postado em 12/04/2014
Por: A Redação