Piloto diz que locutor subir na rampa é fato normal em apresentação de motociclismo
Locutor é vítima de atropelamento durante Motorcycles e polícia investiga acidente
ACIDENTE: Fred Kyrillos explica que ainda não é possível saber o que aconteceu na hora do acidente que envolveu os pilotos Cainã Silva e Jeff Campacci.
Tininho Júnior
O locutor e piloto de Freestyle, Cainã Silva, de 24 anos, apresentou melhora em seu estado de saúde. De acordo com o Fred Kyrillos, companheiro de equipe do locutor e que também se apresentava no Barretos Motorcycles, Cainã já respira sem a ajuda de aparelhos e não está mais sedado.
“Todos os ferimentos dele (Cainã) foram sérios, de patologia grave. No entanto dentro desse quadro grave ele sempre se manteve muito estável e de ontem (domingo, dia 4) para hoje (segunda-feira, dia5) a evolução dele foi muito grande”, afirma Fred.
Cainã foi atropelado na rampa onde os pilotos realizam as acrobacias na noite do último sábado (3), durante um salto do piloto Jeff Campacci, que também faz parte da mesma equipe.
De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da Santa Casa de Barretos, Cainã sofreu politraumatismo (traumatismo craniano e traumatismo torácico) e está internado na UTI da Santa Casa. De acordo com Fred durante a apresentação é normal que o locutor suba na rampa de acrobacias, porém o motivo do acidente ainda é desconhecido.
“Todo mundo na apresentação está ciente do roteiro, e o fato dele (Cainã), como locutor subir na rampa é normal, tem hora certa para isso acontecer. Por algum motivo, agora é muito difícil dizer, por que a gente não escutou ele (Cainã) para entender melhor a situação, eu não sei o porquê ele subiu naquela hora”, afirmou Fred.
Sobre as especulações que circularam nas redes sociais, o piloto Fred deixa claro que muitas coisas são inverdades.
“Muita gente falou muita coisa nas mídias sociais, outras emissoras deram a notícia de que ele estava sendo operado, ou que teve parada cardíaca, ou parada respiratória. Ele não teve nada disso, em nenhum momento o organismo dele parou de funcionar, a gente acredita que o grande mérito desse fato é que ele tem um preparo físico excelente, além da idade e ao longo desse quadro de evolução, ele não teve altos e baixos, sempre foi evoluindo. É lógico que são ferimentos sérios e graves e é por isso que ele está sendo observado na UTI”, garante o piloto.
Sobre o estado do piloto Jeff Campacci, que atropelou Cainã, o piloto Fred explica que ele está abalado com a situação, mas fisicamente bem.
“Ele (Jeff) estava muito bem equipado, porque é uma norma de segurança básica. Lógico que sofreu uma pancada, alguns arranhões, mas fisicamente ele está bem. Ele também foi pego de surpresa, porque no ponto em que o locutor estava era um ponto cego para o piloto, ele só conseguiu ver na última hora. A nossa equipe, o Cainã também é um piloto, é todo mundo muito próximo na amizade e é lógico que ele está muito abalado”, ressaltou Fred.
FAMÍLIA
A mãe de Cainã, Sandra Regina Matos da Silva, que está em Barretos junto com o pai José Alcione da Silva, comenta a evolução da saúde do filho. “Por essa evolução que está acontecendo com meu filho eu só posso dizer que é muita oração. É muita corrente de oração, eu posso agradecer a Deus todo dia por essa evolução que o meu filho está tendo”, ressalta Sandra. Cainã é natural de Santo Amaro da Imperatriz, na grande Florianópolis, em Santa Catarina, e atualmente mora em Campinas.
INVESTIGAÇÃO
O delegado do 3º Distrito Policial de Barretos, Antônio Augusto Torres de Miranda, afirmou que foi instaurado inquérito para apurar as causas do acidente.
“Já determinei a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente, tratando-se de um crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, na modalidade atropelamento. Agora vamos tentar ouvir as pessoas que acompanharam o evento. A princípio, fizemos contato com a equipe e o piloto retornou à sua cidade natal em razão de estar abalado emocionalmente pelo que ocorreu, mas há a expectativa dele voltar a Barretos até o final de semana para que a gente possa ouvi-lo. Estivemos na Santa Casa e dependemos de uma alta médica para poder ouvir o locutor. Antes disso, já determinei algumas diligências para começar a esboçar a dinâmica do acidente”, explicou.
Em relação ao local e às circunstâncias em que ocorreu o atropelamento, o dr. Antônio Augusto ressaltou que a perícia na rampa foi requisitada, mas seria precipitado afirmar quem causou o ocorrido.
“Provavelmente a perícia no local foi requisitada quando foi lavrado o boletim de ocorrência. A princípio, o que nos parece, é que realmente foi uma fatalidade, um acidente. Precisamos saber se houve uma falta de comunicação entre eles ou talvez uma negligência. Mas em princípio é muito precoce afirmar quem poderia ter causado o acidente. É óbvio que nenhuma hipótese é descartada, mas de imediato não há como responsabilizar nem mesmo o piloto da motocicleta ou o locutor”, disse o delegado.
Fonte: Jornal "O Diário"
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