Estiagem prolongada aumenta focos de incêndio e afeta agricultura
Os riscos de incêndio aumentam com a falta de chuva.
A água é vital e indispensável à vida e só damos conta disso quando ela está escassa na natureza. Colina ainda não sentiu os transtornos que a falta de água tem causado aos morados de muitas cidades, que enfrentam racionamento e ficam sem água nas torneiras.
Mas, isso não significa que estamos imunes ao problema porque o abastecimento da cidade é feito por vários poços artesianos e não dependemos de reservatórios naturais. A escassez de chuva também está mudando a paisagem dos rios Pardo e Grande que, a cada dia, estão com o nível mais baixo.
A água precisa ser usada com consciência independente da situação porque é uma fonte que pode acabar e depende exclusivamente das chuvas. A escassez de chuva, que teve início no verão, se prolongou até os dias atuais, antecipando o período de estiagem.
A falta de chuva não compromete só o abastecimento, mas desencadeia uma série de problemas, como o crescimento dos focos de incêndio na natureza. Segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a falta de chuvas elevou em 36% o número de focos de incêndio neste ano na região, em comparação ao mesmo período do ano passado. Com o predominante clima seco o Instituto alerta que a região tem “risco alto” para novos casos de queimadas porque a precipitação acumulada de chuva é zero.
Morro Agudo lidera o número de focos na região, com 16 pontos de queimadas, seguido por Barretos, com 15 e Guaíra (10). Segundo os meteorologistas não há previsão de chuva para a região nos próximos dias.
As unidades básicas de saúde e o Pronto Socorro também ficam lotados de pessoas diariamente, que procuram atendimento para gripes e resfriados que desencadeiam problemas respiratórios. Quem mais sofre com o clima seco são as crianças, idosos e os alérgicos que precisam tomar medicamentos e fazer inalação constantemente. Para amenizar os efeitos do clima seco e tornar o ambiente mais úmido, recomenda-se o uso de umidificadores. Para quem não dispõe do aparelho, valem as alternativas caseiras como colocar bacias de água e toalhas molhadas na janela.
PRATICAMENTE NÃO CHOVE HÁ 2 MESES
A estiagem prolongada também castiga a agricultura que depende exclusivamente da chuva ou dos pivôs de irrigação, que não são comuns na região já que os custos são dispendiosos e inviabilizam o investimento.
“Todas as culturas dependem de água e na falta dela a planta busca até onde dá, mas chega uma hora que não encontra mais água no solo porque não tem. Isso força a planta, compromete a produtividade e pode até causar o surgimento de doenças”, explicou Francisco de Assis Marcondes, auxiliar de apoio agropecuário da Casa da Agricultura. Ele esclareceu ainda que, “a laranja, que já enfrenta as pragas típicas da cultura, não está crescendo por falta de água. A cana não engrossa, prejudicando a safra que não tem a mesma produtividade. A seca provoca a queda das folhas da seringueira que interrompe o processo de produção de látex”.
Em Colina praticamente não chove desde o dia 14 de abril, quando aconteceu a última precipitação significativa de 60mm. No dia 22/4 choveu 7mm e no dia 1º deste mês 2mm, mas essas chuvas não são consideradas porque nem chegaram a molhar o solo que está muito seco. No mês de maio não choveu, o que significa que há mais de 2 meses a cidade está sem precipitação pluviométrica. A esperança é que chegue uma frente fria nos próximos dias e traga as tão esperadas e auspiciosas chuvas.
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Postado em 21/06/2014
Por: A Redação