As crises vividas pelas santas casas e entidades filantrópicas, como é o caso do hospital colinense, é conhecida por todos. Para continuar em funcionamento os hospitais precisam cortar gastos, contar com a ajuda de campanhas feitas pelas comunidades, repasse das prefeituras e envio de recursos dos governos estadual e federal.
Dentro desta realidade e com novas normas impostas pelo Ministério da Saúde, o Hospital José Venâncio teve que reduzir o número de leitos para otimizar o custo operacional da entidade. Por conta disso transferiu a maternidade, que funcionava na pediatria, para um espaço no primeiro andar que já existia, mas nunca tinha sido usado porque não havia demanda para tanto. A pediatria vai ficar provisoriamente fechada.
A nova maternidade e berçário, que tiveram que passar por pequenos reparos e adequações, foram entregues à comunidade durante solenidade realizada na manhã de sexta-feira, dias 13, que contou com a participação de médicos, diretor clínico Fábio Sturaro, diretoria e funcionários da entidade, secretários, vereadores (Ailton, Cal, Edinalva, Gasolina e Zaía), convidados e do vice-prefeito Ronaldo Daher, que representou o prefeito Mi que não pode estar presente.
“Para continuar trabalhando com o mesmo número de leitos teríamos que contratar mais funcionários e isso aumentaria o custo operacional. Para que houvesse a redução de gastos fizemos essa nova adequação para otimizar os custos e poder investir cada vez mais no hospital”, declarou o provedor João Pedro da Silva Destri, que se emocionou ao fazer o uso da palavra.
Ele explicou que o número de leitos foi reduzido um pouco e a população vai continuar a ser atendida da mesma forma. “Quem precisar de internação terá o leito disponível. A redução precisou ser feita apenas para nos adequar, mas ninguém vai sofrer com isso pelo contrário poderemos investir cada vez mais para melhorar o atendimento prestado à população”, explicou Destri.
A médica e ex-secretária de saúde, Sadia Daher Rodrigues Ferreira, que é vice-diretora clínica do hospital, disse que “Houve somente a transferência de local e o atendimento continuará a ser prestado da mesma forma; a maternidade vai atender a demanda do município. No momento que todo mundo está fechando, nós estamos abrindo e fazendo coisa nova”.
O médico Pedro Otávio R. Ferreira lembrou que o hospital é tocado a dinheiro e conta com a ajuda da Prefeitura, Câmara e de toda a comunidade para continuar aberto. Também propôs a realização de campanhas constantes para arrecadação do que a entidade necessita, como gêneros alimentícios, produtos de higiene e limpeza, etc. “Vamos sair de casa em casa pedindo o que a entidade precisa. Todos vão colaborar porque o hospital não é nosso, é do povo”, disse o médico.
HOSPITAL MAIS COMPACTO
A secretária de saúde, Priscila Ramos Alexandre, explicou que o hospital tem uma taxa de leitos grande e uma ocupação pequena. “A redução foi necessária porque não conseguimos cadastrar a entidade em nenhum dos recursos que vieram por causa disso. Precisávamos então ter um hospital menor, que comportasse a taxa de ocupação”. Acrescentou, “o custo do hospital é muito alto e para manter o mesmo número de leitos teríamos que contratar mais enfermeiros, conforme exige o Conselho Regional de Enfermagem”.
GRANDE CONQUISTA
A grande conquista, de extrema importância para o hospital, foi a CND que já abriu as portas para o envio de novos recursos. O hospital já conseguiu a aprovação de 6 emendas parlamentares (4 estaduais e 2 federais), que juntas somam quase R$ 600 mil.
“Uma delas já chegou e está dentro do centro cirúrgico aguardando o técnico para a instalação, é uma mesa cirúrgica de R$ 84 mil. Sem a CND o hospital não consegue nada junto ao governo e por isso que ela é tão importante”, ressaltou o provedor João Pedro.
O vice Ronaldo destacou que “os deputados que temos contato ficam surpresos ao saber que o hospital colinense possui a CND porque muitas cidades, maiores que a nossa, não têm”.
O dinheiro dos recursos que serão repassados à entidade poderá ser usado na renovação dos equipamentos e aparelhos utilizados nas cirurgias e na realização dos exames. A maioria está obsoleta e com mais de 10 anos de uso, o que gera um custo alto com manutenção.
PRIMEIRA
INTERNAÇÃO
A primeira internação na nova maternidade foi de Josiane Nascimento de Souza, 30 anos, que deu à luz ao Enzo que é seu 4º filho. Ela aproveitou para fazer a laqueadura e disse que aprovou as novas instalações da maternidade que “ficaram muito bonitas, diferente da realidade que a gente acompanha pela TV”.
Josiane de Souza foi a primeira mãe internada na nova maternidade do hospital.
Médicos, funcionários, vereadores e convidados que participaram da entrega da nova maternidade.
Os quartos e sala da nova maternidade e berçário do hospital.
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