RECORDAR É VIVER
ZEZINHO FIGUEIROA: um craque que deixou saudades
A foto registra um raro momento do time que jogava nas fazendas de Colina e região na década de 70. Em pé: Aristides Giacometti, Toninho Andrade, Zé Roberto Ivanof, Alcides Ivanof, Zu Modesto e Décio Lopes. Agachados: Cadan, Aírton Sanfoneiro, Chiquinho, Zezinho Figueiroa, Cidinho Catireiro e Silval de Bello.
O tempo é implacável para quase tudo porque não é eficaz quando se trata das lembranças que trazemos conosco, aquelas que sempre nos dão muitas saudades.
É esse sentimento que o eletricista José Fermino Neves “Zóinho” traz consigo do tempo em que acompanhava o time que jogava futebol pelas fazendas de Colina e região. A foto que ilustra esta matéria foi fornecida por ele, que ficou vidrado quando deu de cara com a imagem durante o serviço que realizava na casa de um amigo, que também faz parte dela, há cerca de 2 anos.
“Essa foto foi tirada na Fazenda São Joaquim há 42 anos e não é uma raridade somente pelo tempo, mas por talvez ser a única desta época que traz tantas recordações”, declarou Neves que jogava na 2ª divisão. O time da foto era o titular das competições rurais.
O que esta foto tem de tão especial? Quem é mais novo, com certeza, não vai reconhecer todos os jogadores. Mas quem viveu na época lembra bem deste time, inclusive do craque Zezinho Figueiroa, o único falecido e que, na foto, está ao lado do irmão Cidinho Catireiro.
“O Zezinho foi o único que seguiu carreira no futebol. Ele era o meu melhor amigo e a intimidade dele com a bola surpreendia quem o via jogar. Logo seu talento o levou para times maiores e se não tivesse morrido tão cedo teria se tornado um ídolo do futebol”, disse.
O zagueiro central José Joaquim Alves “Zezinho Figueiroa” nasceu em Colina em 1952 e morreu EM 1986, um mês antes de completar 34 anos, quando começava a ter sucesso como jogador. Ele sofreu um aneurisma cerebral enquanto treinava na Inter de Limeira.
O craque colinense começou a jogar nas categorias de base do Colina Atlético e, em 1975, atuou no Barretos e, no ano seguinte, foi para o Itumbiara de Goiás. Defendeu o Cruzeiro mineiro tornando-se um dos jogadores que mais partidas disputou pelo clube, participando de 305 jogos entre 1977 e 1983. Em 1977 foi campeão mineiro pelo Cruzeiro. Antes do Internacional de Limeira, também foi cedido ao Internacional gaúcho (1979) e Vasco da Gama do Rio de Janeiro (1981).
O jogador foi sepultado em Colina e muitos anos após a sua morte foi homenageado. O campo da Nova Colina, que foi reformado e inaugurado em 2012 pela Administração Municipal, recebeu o seu nome.
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Postado em 02/08/2014
Por: A Redação