Quadrilha, fortemente armada, explode caixas eletrônicos do BB
Os curiosos fizeram uma peregrinação em frente ao banco para ver os estragos causados pelas explosões.
Colina que até então estava imune ao estouro de caixas eletrônicos em agências bancárias agora, infelizmente, faz parte das estatísticas deste tipo de crime que tem sido praticado com frequência cada vez maior.
Duas explosões, seguidas de tiros, foram ouvidas em vários pontos da cidade na madrugada do dia 8, quando uma quadrilha fortemente armada invadiu a agência do Banco do Brasil e estourou dois caixas eletrônicos, causando muito estrago ao banco que precisou transferir o atendimento provisoriamente para a agência dos Correios.
As imagens das câmeras de segurança do banco, analisadas pela polícia, mostram a chegada da quadrilha num Jetta preto, por volta das 3h58, que fez manobra e estacionou na contramão. Desceram 4 criminosos com armas de calibre 12, 40 e fuzil com mira a laser, armamento de uso das Forças Armadas. Todos estavam encapuzados, usavam calça, blusa de mangas longas e coletes à prova de bala. O motorista aguardou os comparsas no carro, enquanto um permaneceu um pouco acima do cruzamento da Rua 7 de Setembro e Av. Dr. Manoel Palomino Fernandes e outro ficou na esquina do banco. Um dos bandidos forçou a porta de vidro e entrou no setor de auto atendimento do banco, juntamente com um comparsa. Usando uma espécie de lança de ferro, um dos bandidos golpeou os terminais para fazer uma abertura onde o outro acomodava o explosivo. Um deles acendeu o explosivo antecipadamente e os dois correram para fora, depois da explosão retornaram ao interior da agência, mas não havia dinheiro porque o terminal é utilizado na emissão de cheques. Eles acenderam o explosivo do caixa eletrônico ao lado e novamente saíram da agência, retornando ao interior do prédio após o estouro, que destruiu os terminais dando passagem para a parte de trás onde o dinheiro é armazenado. Com uma sacola e usando lanternas os criminosos atravessaram os caixas eletrônicos e começaram a coletar o dinheiro que ficou esparramado pelo chão.
Os PMs Alcebíades e Evangelista, que faziam uma averiguação de tráfico, escutaram a primeira explosão e se dirigiram ao centro da cidade e de um ponto estratégico viram o carro esta- cionado na esquina do banco e a movimentação da quadrilha, inclusive as faixas de laser bem próximo onde estavam. O bandido que segurava este armamento mirava a arma em várias direções, esperando a chegada da PM para abrir fogo contra os policiais que aguardaram a chegada do reforço para começar a perseguição aos criminosos, que já tinham fugido levando o dinheiro. O montante furtado não foi divulgado pelo banco.
O Sargento Éder Ferreira da Silva, comandante do Grupamento colinense, disse que os policiais agiram corretamente ao aguardar a chegada do reforço, procedimento padrão em situações deste tipo. Esta não é a primeira vez que quadrilhas tentam estourar caixas eletrônicos na cidade. A PM atrapalhou os bandidos em outras duas tentativas a bancos diferentes, que fugiram ao avistar a viatura que fazia patrulhamento pela região central.
A perícia fez a vistoria do local. A ação dos bandidos foi muito rápida e durou menos de 6 minutos, antes das 04h05 a quadrilha já tinha fugido. Os policiais encontraram no chão 3 cápsulas deflagradas de calibre 40. Também foi solicitada a gravação das câmeras da concessionária que administra a praça de pedágio em Colina, que informou não haver o registro de imagens. Até o fechamento desta edição, na terça-feira, não havia pistas ou informações sobre a quadrilha que junto as explosões deixou uma névoa de medo e insegurança na população, que está assustada não só com este tipo de violência, mas também com a quantidade de ocorrências que cada vez ganham mais espaço neste jornal.
Sargento Éder Ferreira da Silva comandante do grupamento colinense, foi um dos entrevistados pelo repórter Dirceu da EPTV, que veiculou reportagem sobre a explosão no BB.
Outros ângulos dos estragos causados no banco e terminais.
Postado em 16/08/2014
Por: A Redação