O abastecimento de água em Colina não depende de reservas superficiais e isso nos dá a falsa sensação de que estamos numa situação privilegiada, onde não é preciso economizar água. 

Mas isso não é o que está acontecendo e, a exemplo dos municípios vizinhos, precisamos sim economizar água para enfrentar a maior estiagem da história. Com o aumento das temperaturas e a baixa umidade do ar, o consumo cresceu bastante. Consequentemente a vazão dos poços artesianos diminuiu em quase 20%, obrigando o SAAEC a tomar medidas para diminuir o consumo e desestimular o desperdício. 

O órgão já iniciou uma campanha para que a água seja usada de forma racional, priorizando atividades de higiene e alimentação. “O consumidor tem que colaborar e não gastar a água potável em atividades que não sejam essenciais. Também é preciso diminuir o tempo no banho, fechar a torneira enquanto se escova o dente, reutilizar a água da máquina ou tanquinho em outras tarefas, enfim o importante é usar a água com consciência, priorizando a mudança de hábitos”, esclareceu o diretor do SAAEC, Ricardo Casagrande (foto). 

 

CALÇADA NÃO BEBE ÁGUA 

A falta de conscientização é o grande problema do consumidor. Apesar das inúmeras campanhas a nível estadual e nacional há muitos e muitas colinenses  que continuam a praticar o mau hábito de lavar a calçada, sem ao menos usar a vassoura. 

“Isso tem que ser mudado não só agora, em época de racionamento, mas o ano todo em virtude da diminuição das fontes naturais e que pode causar um colapso no abastecimento em geral”, disse Casagrande que ressaltou, “não podemos admitir que a água que vamos beber seja gasta para lavar a calçada. Sei que as donas de casa vão reclamar da fuligem da cana, mas podemos varrer a calçada ou reutilizar a água do tanque. Os funcionários do SAAEC que flagrarem a lavagem das calçadas estão autorizados a orientar os moradores. Se não tivermos a colaboração da população teremos que adotar outras medidas porque de uma hora para a outra o nível dos poços pode abaixar drasticamente e antes que isso aconteça, temos que tomar medidas preventivas”. Outra alternativa também cogitada pelo diretor do SAAEC será interromper o abastecimento em algumas horas do dia para repor o nível dos reservatórios. 

A crise de água é uma realidade e não podemos estar alheios a isso. A mudança de hábitos deve ser implantada no dia a dia de todos, afinal o problema é sério demais para deixar para lá. 

 

Sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo, passa pela pior crise da história devido a falta de chuvas.

 

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