AS ELEIÇÕES E O DESPERDÍCIO
Todos os anos de eleições assistimos, nas cidades, a um espetáculo de poluição visual e de desperdício. As ruas dos locais de votação e no entorno amanhecem sujas e inundadas pela panfletagem dos candidatos. O vento sopra os panfletos para outras vias públicas e as autoridades têm que por veículos compactadores e equipes nas ruas para realizar a limpeza urbana. O material é de muito boa qualidade gráfica. Toneladas de papel fabricado até com o custo do desmatamento. Ora, porque não destinar os recursos a uma entidade de assistência social, a um Hospital ou a uma Santa Casa? Quanto desperdício apesar da proibição de qualquer propaganda eleitoral nos dias de eleições. Além do mais, constitui crime eleitoral nas proximidades dos locais de votação. Comentava o assunto quando ouvi: “Ah! Sempre foi assim “. Lembrei-me de um fato ocorrido há muitos anos na Inglaterra. O tesoureiro de Sua Majestade, todos os meses tinha que enviar um emissário, naquela época a cavalo, com o envelope de pagamento de um funcionário do reino, do outro lado da ilha e a dias de viagem. O custo era alto. Intrigado e sem saber qual a função que exercia, certa vez resolveu ir pessoalmente. Lá chegando, na varanda com vista para o mar, perguntou: “Há quanto tempo o senhor trabalha para o reino e qual é o serviço que presta ? Respondeu-lhe : “Desde o tempo do meu avô, depois do meu pai e agora eu, ficamos aqui observando o mar e ver se o Napoleão Bonaparte invade a Inglaterra para mandarmos avisar”. O tesoureiro incrédulo disse: “Mas Napoleão morreu há mais de cem anos!”. Ele ouviu a resposta: “Ah, mas sempre foi assim “! Voltando ao tema, alguma providência será necessária. Há até muitos registros de carros que derrapam, pessoas, idosos principalmente, que sofreram quedas ao escorregar e galerias de escoamento de águas, entupidas. Não precisa ser sempre assim!!!
Alberto Raad
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