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Comerciante reclama de descaso no atendimento pelo 190
O comerciante Eduardo Augusto da Silva, proprietário da lanchonete “Fim de Noite” denuncia a falta de segurança na cidade e o descaso da Polícia Militar no atendimento das chamadas 190.
Ele contou que na madrugada do dia 11 de dezembro, por volta 3h15, aconteceu uma briga generalizada na lanchonete envolvendo duas gangues rivais. “Imediatamente liguei para o 190, mas ninguém atendeu. As pessoas que estavam na lanchonete fizeram a mesma coisa, um dos clientes conseguiu, mas depois não atenderam mais. Liguei para o Pronto Socorro pedindo que a atendente ligasse para a PM e também não tive retorno”, relatou Silva que resolveu entrar em contato com o Batalhão em Barretos. “Fui orientado a ir até lá para fazer a ocorrência, mas não podia esperar mais. Enquanto uma das gangues foi para fora se armar com pedaços de pau, fechei o portão do estabelecimento e fui até o pelotão da PM”.
O comerciante disse que tocou o interfone do prédio e foi atendido por um policial. “Perguntei se eles não estavam mais atendendo o telefone e me respondeu que estava com defeito. Na frente dele liguei do celular para o 190 e o aparelho tocou. Disse que o telefone não estava mais com o problema e que era para eles irem na lanchonete. Quando retornei a gangue que estava do lado de fora já tinha ido embora”.
O maior prejuízo foi do comerciante que, além da bagunça, teve cadeiras quebradas e todos os clientes foram embora com medo. “A briga teve pessoas feridas, vi um dos envolvidos quebrar uma cadeira na cabeça de outra pessoa. Ainda bem que ninguém morreu, apesar da demora da PM”. A PM compareceu no local, onde ouviu as partes envolvidas e colheu todas as informações para a elaboração do B.O.
COLINA VIROU A INDÚSTRIA DA MULTA
“Infelizmente vivemos numa cidade sem lei, onde cada um faz o que quer. A segurança é um direito de todo cidadão que tem obrigação de ser protegido. De dia a viatura é vista para baixo e para cima aplicando multa e a noite, quando precisamos de segurança, não somos atendidos. Isso é um absurdo”, desabafou.
Eduardo disse que já perdeu a carta três vezes por causa das multa que os entregadores da lanchonete receberam. “As motos estão no meu nome e as multas dos entregadores foram tantas que os pontos na minha carteira extrapolaram e tive a habilitação suspensa. Como o entregador vai enxergar o número da casa, a noite, se o capacete estiver com a viseira abaixada?”. Ressaltou, “enquanto eles ficam aí fazendo multa os bandidos estão soltos. Acho que deveria ser feita uma pesquisa para saber se a população está satisfeita com a segurança da cidade”.
Inconformado, o comerciante disse que do jeito que está até pensa em contratar um segurança particular. “É um desaforo, para que pagar imposto se precisamos fazer tudo particular? A polícia não aparece quando é solicitada e não posso comprar uma arma; então temos que trabalhar para dar dinheiro para os bandidos”. Eduardo já foi vítima de sequestro, seguido de roubo, há 3 anos.
QUEIXA DEVE SER FEITA PESSOALMENTE
O 1º Tenente Luciano Borges, comandante do Pelotão colinense, explicou que o boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal/dano. “A queixa do atendimento ou do trabalho policial deve ser feita pessoalmente e por isso é indispensável que o reclamante venha até o pelotão. Estamos abertos à população que deve se manifestar quando se sentir prejudicada”, explicou Borges que informou também que o B.O. foi encaminhado à Polícia Civil, a quem cabe investigar os fatos.
Com relação as multas o Comandante disse que é preciso checar realmente se as multas são somente por causa da viseira levantada e que a lei vale para todos indistintamente.
Comerciante disse que ficou com muito medo e trancou os portões, separando as gangues, enquanto buscava a presença da PM.
Tenente Luciano mostra B.O. de lesão corporal/dano registrado pela PM. A corporação está aberta para queixas, ressaltou o comandante.
Postado em 21/01/2012
Por: A Redação
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