Mais do que um lugar para venerar os mortos
CEMITÉRIO
guarda relíquias artísticas por toda parte
Obra de arte do cemitério colinense retrata José conduzindo Maria e o Menino Jesus, dias após o seu nascimento em Belém.
A morte é um mistério que só é desvendado quando deixamos de fazer parte deste mundo. Talvez seja por isso que a vida além do túmulo habite a imaginação humana e seja motivo de tanta curiosidade.
O Dia de Finados, que cai neste domingo, leva multidões aos cemitérios de todo o país. As flores enfeitam os túmulos e dão colorido às sepulturas. Levar flores aos mortos é a única forma de homenagearmos aqueles que deixaram saudades e não fazem mais parte da nossa vida fisicamente, mas habitam nossas memórias.
O cemitério não é só um lugar de morte porque ali encontramos verdadeiras obras de arte ao ar livre. Os visitantes podem aproveitar a ida ao cemitério no domingo para prestar atenção nas esculturas que enfeitam vários túmulos. Algumas retratam passagens bíblicas como a de José puxando um jumentinho, que carrega Maria e o Menino Jesus e ornamentam o jazigo da família Alfredo Simões de Campos.
Há várias imagens de Jesus Cristo espalhadas pelo cemitério, mas duas chamam a atenção. Uma delas retrata a aflição durante a via crucis, instantes antes da crucificação. A escultura de Jesus batendo na porta parece querer nos revelar algo. Também há imagens que retratam a devoção a Nossa Senhora e uma que reproduz um berço com uma criança dormindo.
As pessoas também fazem questão de reproduzir nas lápides inscrições cheias de significado, que também merecem nossa atenção. Mas não é só isso, o cemitério também retrata um pouco da história, afinal é ali que estão sepultadas personalidades ilustres, que fizeram parte do passado da cidade.
CURIOSIDADES
A sepultura mais velha, ainda do século XIX, é de 4/6/1894, data do sepultamento de João Francisco Junqueira Franco, o morador mais antigo do cemitério que foi enterrado há 120 anos. Segundo levantamento feito de 1984 até 2013, nos 2.498 túmulos estão sepultadas 12.510 pessoas. A maioria dos jazigos já foram cadastrados, mas o que tem incomodado o administrador Eugênio José Borges Donini é o grande número que está abandonado e sem conservação.
“Vamos afixar avisos nos túmulos nesta situação durante o Dia de Finados para que as famílias nos procurem para podermos melhorar o aspecto destas sepulturas”, declarou Donini.
Outra curiosidade é que além das sepulturas distribuídas na área de 22.449,60 m2, o cemitério é formado por 9 ruas, uma avenida e a rua principal, que é a da entrada, onde o visitante visualiza ao fundo a capela, local em que todos os anos o padre celebra a missa em intenção das almas que neste ano tem início a partir das 7h30.
Imagem de Nossa Senhora.
Santuário em marmore.
Retrato da expressão de dor de Jesus Cristo durante a via crusis.
Criança em berço de marmore.
Epitáfio de 1925.
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