Manter clube em pé e regularizado é o maior desafio
Com a extinção das ligas de futebol pela Federação Paulista, inclusive até a de Catanduva, os clubes da região ficaram sem a principal fonte de receita que são os campeonatos, resultado: todos fecharam as portas e as competições ficaram no passado. O único que continua de pé e regularizado é o Colina Atlético que só ainda não se encontra na mesma situação porque sobrevive com o aluguel do campo pago pela prefeitura.
“Na região o ‘Tigre do Vale’ é o único em atividade porque tem o campo, hoje a nossa única fonte de renda. O que nos move é o amor ao clube que em tempos áureos tanto orgulho deu ao povo colinense com a conquista de vários títulos no Campeonato Amador. Vamos tocar até quando der e tentar manter viva a história do CA, fundado em 01/05/1946. Não queremos que o passado glorioso seja esquecido com a morte dos fundadores e ex-jogadores”, declarou o presidente Adilson Camolese que no último dia 11 foi reeleito para mais um mandato, de 2014/17, juntamente com o vice-presidente Luiz Fernando Guarnieri que estão na 5ª gestão à frente do clube.
Os dois já chegaram até viajar para São Paulo para colocar o Colina Atlético na 3ª e 4ª divisão do Campeonato Paulista, mas desistiram quando souberam que o valor para isso era muito alto. “Primeiro é preciso ter uma arquibancada com 15 mil lugares, como fazer isso sem dinheiro numa cidade que não chega a 20 mil habitantes?”, comentou o presidente. Acrescentou, “se amanhã aparecer uma liga de futebol na região o CA vai disputar o campeonato, mas essa é uma luz no fundo do túnel. A competição amadora é a única que a gente pode participar, a profissional não temos possibilidades econômicas”.
Sem dinheiro a reforma da sede social da agremiação, que começou a ser construída em 1957 pelo presidente Francisco Tornelli e Arnaldo Angelícola, hoje também é um desafio para a atual diretoria. “Não vamos desistir, a reforma continuará sendo feita aos poucos até que esteja recuperada por completo porque é um patrimônio do clube”, explicou Camolese.
Adilson e Luiz Fernando, reeleitos presidente e vice do Colina Atlético, insistem em manter viva a história do glorioso “Tigre do Vale”.
NOVA DIRETORIA
O presidente disse que, como o clube não tem nada a oferecer, os sócios desapareceram. “O que existe são os sócios fundadores e remidos que construíram a história do clube. Nesta situação não aparece chapa para disputar a eleição”. A diretoria do CA também é constituída pelo secretário - Sérgio Campanholi; tesoureiro - Orlando Malpica, diretor de esportes – André Luiz Michilini. Com a morte de Mário Ângelo Paro Filho “Mazô” e Antônio Sérgio de Souza “Baianinho” o Conselho Fiscal sofreu mudanças e agora tem como membros titulares Ivo Castelani, Pedro Colete, Athair Luiz Rodrigues e como suplentes Aparecido Alves e Mário Antônio Daraya.
MERECIDA HOMENAGEM – Ex-jogadores e dirigentes da época gloriosa do Colina Atlético foram homenageados pela prefeitura em 23/04/2011 nas comemorações dos 85 anos de Colina. A emoção tomou conta de todos quando o ex-camisa 10, Renato Massey Nogueira, declamou a música de Roberto Carlos que retratou fielmente aquele momento. “Tantas alegrias, velhos tempos, belos dias. Hoje as tardes de domingo são doces recordações. O que foi felicidade, me mata agora de saudade”.
ÚLTIMO TÍTULO – Equipe campeã do Amador em 1977. Em pé: Pedrão, Prado, Nabão, Rosca, Rubinho, Deuler, Oscarzinho, Carlinho, Pupi, Tô, Zé, Afonso, Zoinho, Lupércio Nogueira, Sérgio, Schmidt, Lazinho e Toninho Padeiro. Agachados: Tarcinho, Ivanof, Amauri, Crispim, Nhole, Marcelino, Gulã, Cidinho, Canhoto, Heitor Bombig, Pedro Bizari, Adilson, Carioca e Saulo.
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