CASO NALVA, Cadê o assassino ?
Família não se conforma com crime brutal e clama por justiça
As irmâs da jovem assassinada clamam por justiça.
A jovem Nalva assassinada em 16/11/14.
Indignação, medo, angústia, revolta, saudade... uma ebulição de sentimentos que há pouco mais de dois meses passaram a fazer parte da rotina da família de Nalva Gonçalves dos Santos Bazilio, 26 anos, assassinada de forma brutal e cruel na madrugada do dia 16 de novembro, em sua casa na Nova Colina.
A falta de resposta aumenta a angústia da família que não consegue encontrar explicação para tanta maldade e brutalidade. “O assassino tirou a nossa paz porque ela morreu de forma violenta e repentina. Se tivesse sido de outro jeito seria mais fácil se conformar, mas como aceitar uma barbaridade como esta que não tem explicação e que só aumenta com a falta de informações”, relataram as irmãs da vítima, Romilda “Preta” e Nilva da Conceição, que concederam entrevista exclusiva à reportagem na tarde de segunda-feira.
O processo ainda está na fase de investigação e por enquanto há apenas um suspeito de ter cometido o crime. “Entramos em pânico e desespero quando começamos a pensar que o assassino pode ter frequentado a nossa casa. Mudamos os hábitos que a gente tinha e agora vivemos confinados dentro de casa com medo de tudo e de todos. Isso só vai acabar quando o autor do crime for identificado e preso, até lá viveremos com esta incógnita e a sede por justiça. Quem pratica uma crueldade deste tamanho não pode viver em sociedade”, declararam as irmãs que não conseguem tirar do pensamento a cena de Nalva caída no chão, toda machucada e ensanguentada. “Foi o momento mais difícil da nossa vida e uma cena muito forte, encontrar a nossa irmã sem vida e sem poder fazer nada por ela”, destacou Romilda que também acrescentou, “no Serviço de Verificação de Óbito de Barretos fui desaconselhada a não ver o estado do corpo. O que impressionava era o tamanho do buraco que ela tinha no pescoço e os cortes no meio dos dedos, que levam a crer que a Nalva tentou se defender dos golpes da faca antes de morrer”.
Elas informaram também que o celular da irmã e uma quantia em dinheiro não foram encontrados. Uma faca maior, que poderia também ter sido usada no homicídio, sumiu da casa. Nalva tinha várias lesões no tórax que são incompatíveis com a faca de serra, a única encontrada na cena do crime.
NINGUÉM É CULPADO ATÉ QUE SE PROVE O
CONTRÁRIO
Para as irmãs existe muita conversa, hipóteses e especulações sobre o caso, mas ninguém é culpado até que se prove o contrário. “As dúvidas só serão elucidadas com a conclusão do inquérito policial e a denúncia do suspeito pelo Ministério Público. Ansiamos por isso mais que tudo e até lá torcemos para que o assassinato da Nalva não fique impune”.
SEGREDO DE JUSTIÇA
A entrevista concedida a este semanário foi acompanhada pelo advogado da família, Edson Tadeu Vargas Braga, que informou que o processo tramita em segredo de justiça. O pedido foi feito pelo delegado que iniciou as investigações e acatado pelo Juiz local.
Perguntado sobre porque o resultado dos laudos ainda não foi divulgado, o advogado disse que “a quantidade de laudos que a Polícia Científica de Barretos, que atende vários municípios da região, tem que apresentar é muito grande então essa demora e até justificável. Só teremos uma resposta conclusiva com a divulgação destes resultados, que são provas concretas e contundentes para esclarecer o caso. Somente depois disso o representante do Ministério Público pode oferecer a denúncia, o que ocorre quando há provas contundentes levantadas pela polícia”, esclareceu Braga. Acrescentou, “o promotor também pode solicitar novas provas. Neste caso os laudos podem não ser conclusivos e haja a necessidade de solicitar novas diligências ao delegado. Ao que se sabe o promotor já pediu a transcrição telefônica do celular da vítima para saber o teor das ligações, o que pode ajudar nas investigações.
ADVOGADO PEDE AO JUIZ PARA AUXILIAR MP COMO ASSISTENTE
Na segunda-feira, 19, o advogado também protocolou no Forum pedido para ser assistente do Ministério Público no caso, desde a fase do inquérito. “Todo auxílio deve ser admitido para a imediata elucidação do assassinato que é, como consta nos autos, sem paradigma na cidade”.
Além de requerer a assistência ao MP e ao delegado, o advogado também pede que “a Polícia Científica seja oficiada e traga aos autos o resultado dos exames de DNA realizados nas unhas da vítima em confrontação aos demais coletados dos suspeitos, bem como das digitais coletadas no corpo, vestes da vítima e do local do crime”.
Romilda e Nilva anseiam para que a morte da irmã não fique impune. “Só assim a nossa família poderá encontrar um pouco de paz para continuar a vida, que nunca mais será a mesma sem a Nalva”, finalizaram.
As irmãs Romilda e Nilva com a foto da irmã Nalva.
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