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Placas foram instaladas a pedido da PM para restabelecer a ordem pública

A instalação de placas de proibido estacionar na avenida José Francisco Azedo, em frente ao Auto Posto Pégasos, tem sido motivo de polêmica entre comerciantes, moradores, vereadores e a Polícia Militar.

O sargento Éder Ferreira da Silva, comandante da Polícia Militar, informou que a solicitação para instalar as placas de proibido estacionar as sextas-feiras, sábados e domingos, das 16 horas à meia-noite, partiu dele.
“Amparado pela legislação que estabelece que a Segurança Pública é dever do Estado, onde cabe a Polícia Militar a preservação da Ordem Pública, fizemos a solicitação ao prefeito e fomos atendidos”, esclarece o Sargento em ofício encaminhado ao prefeito onde elenca diversos considerandos e os problemas que ali ocorriam.

Tais como: “diversas reclamações de munícipes sobre pessoas no local obstruindo o passeio público com caixas de som e isoporos com bebidas, obrigando pedestres a circularem pela via pública, colocando em risco a integridade física, com possíveis atropelamentos, pois devido ao movimento no local os veículos passavam em velocidade incompatível com a segurança”. Acrescentou, “os veículos ali estacionados abusavam da intensidade do som e quando avistavam a viatura diminuíam o volume para ludibriar a ação de fiscalização e gerou diversas reclamações de moradores”.

Sargento Éder finalizou o ofício ressaltando que, “a minha solicitação não teve o intuito de ajudar ou prejudicar os comércios das imediações, apenas restabelecer a Ordem Pública e proteger a integridade física das pessoas”.

Com a proibição de estacionar na avenida os frequentadores do local migraram para o final da avenida Cel. Antenor Junqueira Franco, que fica às margens do Parque Débora Paro.
 

DIVERGÊNCIAS

O vereador Henrique Campase é o autor de um requerimento encaminhado ao prefeito pedindo esclarecimentos a respeito da instalação das placas na avenida e aguarda resposta do Executivo.
A direção do Auto Posto e Conveniência Pégasos informou que não solicitou a instalação das placas. Disse ainda que quando foi informada da medida a considerou “paliativa”. A empresa jamais permitiu som automotivo exagerado em suas dependências por considerar perturbação do sossego. Disse também que alguns clientes reclamaram da proibição e que outros elogiaram a medida. Assegurou que o movimento caiu consideravelmente aos domingos. Lembrou que a proposta da Conveniência sempre foi fazer do local um ponto de encontro da juventude. Ressaltou ainda que tem gente querendo tirar proveito da situação. “Tem indivíduo que no passado incentivava os vizinhos a fazerem B.O. devido à grande concentração de gente e agora, sem o mínimo de escrúpulo, se anuncia como preocupado com o lazer dos jovens. Pura hipocrisia”, declarou um dos proprietários.

O comerciante Michel Caetano, proprietário do Point do Açaí, disse que a instalação das placas só melhorou o movimento do estabelecimento que era prejudicado com a bagunça que acontecia na avenida. “Para mim assim ficou perfeito, não precisa mudar nada”.

Para Edivaldo Alonso, que administra a Clic Lan House localizada dentro da galeria, “o problema da bagunça foi transferido de lugar e o comércio prejudicado. Os clientes reclamam que não têm lugar para estacionar. Na minha opinião a proibição deveria ocorrer somente aos domingos, das 18h à meia-noite”.

Juliana Brito, proprietária da Fitness Academia, que também funciona no prédio da academia, é totalmente contra. “Meu namorado já levou multa porque chegamos de viagem e não tínhamos percebido as placas. A falta de lugar para estacionar está atrapalhando e os alunos não param de reclamar. A gente paga imposto e não pode nem estacionar em frente ao lugar onde se trabalha? Acho que o mínimo que poderia ser feito é mudar o horário para a partir das 22h”. Morador há 16 anos na rua atrás do posto, Antônio Carlos Moraes, disse que aprovou a medida. “Depois das placas acabou aquele barulho insuportável aos domingos. Antes era só perturbação, tanto que cheguei a colocar minha casa à venda”, declarou Moraes.

A Polícia Militar solicitou à prefeitura a instalação de placas de proibido estacionar na Avenida José Francisco Azedo, próximo ao Posto Pégasos, para acabar com o tumulto que acontecia nos finais de semana que obstruía o passeio público, obrigando pedestres a circularem pelas ruas, colocando em risco a integridade física. Segundo a PM, o som automotivo exagerado também está entre as reclamações dos moradores.

 

Postado em 14/02/2015
Por: A Redação