A reportagem ouviu o promotor Cleber Pereira Defina, representante do Ministério Público, para saber maiores detalhes do caso Solange, mas ele não pôde se pronunciar a respeito porque as investigações são sigilosas e ainda não estão totalmente concluídas, porém assegurou que todo o rigor da lei será usado na punição dos envolvidos. 

“O MP de Colina vai empreender todos seus esforços para que a Justiça seja realmente feita, para a punição dos culpados. Fiquei bastante admirado com aquilo que foi narrado até agora nas investigações. Ainda não tinha me deparado com uma barbaridade tão grande, que choca qualquer ser humano”, adiantou Defina. 

O promotor explicou que  “a prisão temporária dos três suspeitos tem a destinação específica de coletar provas para a elucidação das circunstâncias que envolvem o crime, a fim de que seja promovida a mais lídima justiça, que é o que a sociedade e o MP colinense almejam.”

“Os três suspeitos ainda não são acusados do crime. Quem faz a acusação formal é o MP e ainda não chegou o momento processual adequado, que acontece quando a polícia conclui as investigações. As provas precisam ser recolhidas e registradas no inquérito policial para podermos montar a acusação”, destacou Dr. Cleber. Esclareceu também que, “o Ministério Público analisa o caderno investigatório e forma sua opinião a respeito do caso. Quando o Juiz recebe a acusação, aí sim os envolvidos são considerados acusados, até lá são suspeitos mesmo que estejam presos”.  

Como o caso não está encerrado ainda não se pode falar em pena, mas o promotor disse que é possível que estejamos frente a um crime considerado hediondo. “Existe uma lei específica, a 8.072, de 1990, que arrola quais são os crimes hediondos, mais graves em tese. A lei defere a estes crimes um tratamento mais duro, penas proporcionalmente maiores e também rigor maior na execução das mesmas”. Acrescentou, “a prisão provisória pelos crimes em geral é de cinco dias e para os crimes hediondos é de 30 dias, por isso que os três foram presos pelo prazo inicial de 30 dias”. 

O promotor disse que a polícia está trabalhando seriamente para levantar a existência do delito e indícios suficientes de autoria, aspectos necessários que a lei exige para a acusação. “Encerradas as investigações policiais, provada a existência do crime e havendo indícios suficientes de autoria, vamos trabalhar com grande seriedade, como temos feito em todos os demais casos da Comarca, para que os culpados sejam exemplarmente punidos”, prometeu Defina. 

 

Dr. Cléber diz que o Ministério Público vai empreender todo o esforço para que a justiça seja feita.

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