Interna do Asilo ganha festa de aniversário pelo seu centenário
Dona Alzirinha comemorou seus 100 anos de idade.
A interna cercada pelos colegas na comemoração do aniversário.
Dona Alzirinha recebe o carinho dos profissionais de saúde e funcionários da entidade pelos 100 anos.
Os avanços na medicina e a melhora da qualidade de vida, com a prática de atividade física e de uma alimentação saudável, tem prolongado a vida das pessoas e a população idosa está cada vez maior.
Mais o descaso com essa parcela da população e os maus tratos constantemente noticiados pela mídia, não têm nada a ver com a história de Alzira Constante, a interna mais idosa do Asilo São José que ontem, dia 16, completou um século de vida comemorado com festa na terça-feira, no salão da entidade, com a participação de todos funcionários e asilados que são a família de “Alzirinha”, como é carinhosamente conhecida. A festa ainda teve apresentação do palhaço Chimbica, decoração e muitas guloseimas.
Ela chegou à instituição por conta própria há quase 14 anos, em novembro de 2001 e apesar da idade avançada, 86 anos, tinha poucos problemas de saúde. Dona Alzirinha começou a perder a lucidez há algum tempo, depois que foi diagnosticada com Mal de Alzheimer.
Natural de Taiúva, ela chegou a Colina talvez por causa do companheiro, mas nunca foi casada. O diretor do asilo, José Roberto Prezoto e a técnica de enfermagem Fernanda de Souza contaram à reportagem que ela morava sozinha e que tem filhos, mas devido ao pouco contato da família não dá para saber muita coisa sobre sua vida fora da entidade.
A reportagem conversou com a interna centenária que preferiu não falar do passado. Nos momentos de lucidez ela soltou frases como: “não quero lembrar do que ficou para trás” e “será que vou ter um cantinho junto a Deus?”.
“Ela leva uma vida normal com todos cuidados que necessita por conta da idade avançada. Ela é paciente do Dr. Adilson que orientou a equipe de enfermagem do asilo a fazê-la andar cada vez menos até a locomoção somente pela cadeira de rodas. As quedas constantes representavam um perigo e agora esse risco diminuiu”, contou Fernanda .
A idosa não é só querida dentro do asilo, mas fora dele também. De vez em quando ela recebe a visita de moradores do Patrimônio, bairro que morava antes de ir para a entidade e de pessoas da comunidade, que prestam serviços voluntários aos internos ou simplesmente de desconhecidos, que reservam alguns momentos do seu tempo para demonstrar amor ao próximo.
AJUDA É IMPRESCINDÍVEL
A maioria dos internos recebe algum tipo de benefício do governo, mas não são todos existem os que moram na instituição e não pagam nada. “Aplicamos 70% da aposentadoria ou pensão nos cuidados com o interno e o restante é depositado numa conta bancária. Infelizmente os gastos para manter toda estrutura de atendimento prestado aos 32 internos é muito grande e gira em torno de R$ 40 mil mensais. A ajuda da comunidade é sempre bem-vinda, mas sem a campanha não dá para tocar a entidade”, desabafou o administrador.
A interna mais idosa do asilo foi Amélia Barbaresco que morreu com 104 anos. A instituição também já teve outra idosa centenária, Isaura Tomaz, também falecida. Dona Maria Conceição da Silva, com 90 anos, é a interna mais antiga e está na entidade há quase 24 anos, desde novembro de 1991. Outro interno que está no asilo há bastante tempo, desde 1994, é José Durval Rodrigues, o “Cartola”.
Deu para sentir e perceber que os idosos mais querem e necessitam é de atenção e não precisa ser muito, um pouco basta para alegrar a vida destas pessoas que muitas vezes são esquecidas pela própria família e que passam os dias esperando por uma visita, que pode ser a sua!
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