Sistema Ponto a Ponto reduz bastante o custo do pedágio
Se implantado na Faria Lima colinense pagaria cerca de R$ 6,48 de ida e volta a Barretos
O valor injusto do pedágio para ir a Barretos pode vir a ser corrigido com o Sistema Ponto a Ponto.
O jornal O COLINENSE entrou em contato com a assessoria de imprensa da Artesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – para saber se é possível implantar o Sistema Ponto a Ponto no trecho entre Colina e Barretos.
Este sistema já foi implantado em quatro rodovias paulistas e consiste em cobrar o pedágio com base no trecho percorrido pelo usuário. Portanto é uma forma justa de cobrança pelo uso da rodovia.
Segundo levantamento da Artesp, 89,2% dos motoristas avaliaram como justa a cobrança por trecho percorrido. Considerando o valor máximo cobrado por quilômetro, que hoje é de 18 centavos, uma viagem entre Colina a Barretos, ida e volta, o motorista pagaria cerca de R$ 6,48 de pedágio. Bem menos do que se paga hoje R$ 15,20.
PEDÁGIO CARO
É constante a reclamação dos motoristas colinenses que precisam ir a Barretos com frequência e têm que pagar R$ 15,20 pelo trecho de cerca de 36 quilômetros de ida e volta. Para muitos a cobrança é injusta, já que o pedágio está na “porta” de nossas casas e pagamos a tarifa cheia, mesmo utilizando apenas parte da rodovia.
A Concessionária Tebe é responsável por 47,034 quilômetros da Rodovia Brigadeiro Faria Lima. O trecho tem início em Bebedouro (km 379,266) e vai até pouco depois de Barretos (km 426,300). Portanto, nós colinense utilizamos um pouco mais de 1/3 do trecho quando vamos a Barretos e mesmo assim pagamos a tarifa cheia do pedágio. O Sistema Ponto a Ponto veio justamente para corrigir esta injustiça.
A reportagem indagou a Artesp qual a quilometragem estabelecida entre um pedágio e outro? E também se ao pagar a tarifa de R$ 7,60 teríamos o “direito” de percorrer qual distância?
A agência respondeu que, “nas rodovias do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo, o cálculo das tarifas de pedágio é feito utilizando-se o conceito de tarifa quilométrica. Em cada rodovia o usuário paga um determinado valor por quilômetro (tarifa quilométrica) que varia entre 11 a 18 centavos, sendo as de pista simples as mais baratas e os sistemas rodoviários as mais altas, pois são consideradas as diferenças de custos de ampliação e operação das vias. Assim, cada praça de pedágio efetua a cobrança de um determinado trecho de rodovia colocado à disposição dos usuários”. Disse ainda que, “a cobrança da praça de pedágio instalada no km 407 da SP-326 se refere aos 47,034 quilômetros sob concessão da Tebe nessa rodovia. O trecho sob concessão da Tebe na SP- 326 vai do km 379,266 ao km 426,300”.
Também perguntamos se pode ser instalado o Ponto a Ponto entre Colina e Barretos e o que deve ser feito para tanto? “A implantação do Ponto a Ponto depende da realização de estudos que apontam desde a origem-destino dos usuários no trecho onde se pretende instalar o projeto até os possíveis locais para instalação dos pórticos necessários para o funcionamento do sistema”, respondeu a assessoria da Artesp.
A Tebe também foi questionada, por escrito, sobre a possibilidade da implantação do Ponto a Ponto. A Concessionária não respondeu as perguntas e disse que o assunto compete à Artesp.
QUATROS RODOVIAS TEM O PONTO A PONTO
A Artesp informou que no Sistema Ponto a Ponto a cobrança é feita eletronicamente, sem a manipulação de dinheiro. Para tanto são instalados pórticos fixos em pontos estratégicos nas rodovias.
Nestes portais há antenas e leitores que funcionam na mesma frequência que o tag (chip eletrônico) que é fixado nos veículos (tipo Sem Parar). Ao passar por um pórtico, os leitores reconhecem o dispositivo instalado no veículo, fazem sua leitura e o valor é automaticamente debitado dos créditos que o usuário possui.
Em 2012 foi instalado na Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360) que liga Itatiba a Jundiaí e na Rodovia Santos Dumont (SP-75), que liga Campinas a Sorocaba. Em 2013 foi implantado na Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340), que liga Campinas a Mococa e no ano passado entrou em vigor na Rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332) que atende os moradores de Engenheiro Coelho, Arthur Nogueira, Cosmópolis, Paulínia e Conchal. Segundo a Artesp, somando as adesões das 4 rodovias há mais de 65 mil cadastrados no Sistema Ponto a Ponto.
SE TEMOS DIREITO, DEVEMOS REIVINDICÁ-LO
Se estamos sendo lesados pagando por aquilo que não usamos, temos sim o dever de reivindicar nossos direitos. Os colinenses dependem muito de Barretos por conta dos serviços de saúde, como Santa Casa, Hospital de Câncer, AME, médicos especializados, exames de alta complexidade, emprego e serviços diversos o que faz com que dezenas de pessoas se desloquem para a cidade vizinha diariamente.
Este pedido deve encontrar ressonância em 100% dos colinenses. Portanto, cabe as nossas autoridades constituídas solicitarem, com o devido empenho, que a Artesp, órgão ligado ao Governo Estadual, proceda o devido estudo para saber a viabilidade da implantação. Quem sabe esta tarifa injusta não poderá ser corrigida pelo Ponto a Ponto.
Outra alternativa, que há muito tempo foi sugerida, é que a concessionária ou o Estado, ou ambos, em conjunto com o município, asfaltem a estrada municipal “boiadeira”, o desvio do pedágio e mantenha a isenção do pedágio municipal aos veículos colinenses.
Cabe ressaltar que não se discute os benefícios que a privatização das rodovias oferecem aos motoristas, como estradas bem conservadas, sinalização e total assistência. Porém gostaríamos de pagar apenas o que é justo.
Para obter mais informações sobre o Sistema Ponto a Ponto acesse o site: www.artesp.sp.gov.br
Veículo passa por pórtico do Sistema Ponto a Ponto em rodovia paulista.
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