Longas filas, tumulto e muita reclamação na eleição do CT
Outros ângulos da fila em frente ao local de votação.
A eleição do Conselho Tutelar poderia ter registrado recorde de votantes se as longas filas que se formaram em frente e dentro da “Lamounier de Andrade” não tivesse desencorajado um grande número de eleitores, que foram embora sem votar.
Os eleitores reclamaram da demora, do tumulto e da falta de organização para a realização da votação que foi bastante conturbada principalmente no período da manhã. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Rafaela Casagrande, solicitou às pressas o empréstimo de mais uma urna de Jaborandi na tentativa de contornar a situação. As reclamações foram o assunto das redes sociais durante o último domingo, dia da eleição, quando 15 candidatos disputaram cinco vagas.
“Fizemos a solicitação de apenas uma urna ao Cartório Eleitoral, que foi insuficiente para atender a grande demanda de eleitores, sendo necessária uma 2ª urna para agilizar a votação e diminuir as filas. Todas as decisões para a preparação da eleição foram tomadas em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Social”, explicou a presidente. Na ultima eleição realizada em 2011, foram usadas 3 urnas.
O número de eleitores não foi surpresa já que em levantamento feito em nossos arquivos a eleição de 2005 teve 1.854 eleitores, um a menos que o pleito do último domingo que registrou 1.855 votantes. As últimas eleições tiveram 1.837 (2011) e 1.776 (2008) eleitores, respectivamente.
O psicopedagogo José Boff que prestou assessoria ao CMDCA desde o início do processo de inscrição dos candidatos, acompanhou o transcorrer da votação, mas não ficou para a apuração. Ele chegou a discutir com um eleitor que reclamou da demora na fila. Segundo ele respondeu ao votante: “Se quiser ir embora, pode ir, o voto não é obrigatório, é facultativo”. Ele confirmou o princípio de tumulto e admitiu que houve falha da presidente do CMDCA ao solicitar apenas uma urna para a eleição. Alguns candidatos, que pediram para não serem identificados, também reclamaram da organização e da falta de atenção e respeito com os eleitores . “Trabalhamos duro durante a campanha incentivando o cidadão a participar da votação devido a importância do cargo e agora acontece esta falta de respeito”.
Durante a presença da reportagem no local, no período da manhã, os eleitores eram unânimes com os protestos. “Isto é um absurdo”, “Que falta de organização”, “Que desrespeito com o cidadão”, entre outras frases de pura insatisfação.
O promotor José Vieira deixou o telefone à disposição caso houvesse necessidade. Em eleições anteriores o representante do Ministério Público acompanhou o processo eleitoral. A apuração, que começou logo após o término da votação e terminou por volta das 19h, foi acompanhada por todos os candidatos e a contagem dos votos foi feita pelos membros da comissão especial do CMDCA, funcionários do Departamento de Recursos Humanos, CRAS e CREAS.
CANDIDATOS À REELEIÇÃO SÃO OS MAIS VOTADOS
As cinco vagas de conselheiros titulares serão preenchidas pelos cinco candidatos mais votados. O campeão de votos foi Reginaldo A. B. Leme de Souza (464 votos), seguido por Rosângela Forge Fainask (232), candidatos à reeleição e que estarão por mais um mandato no CT. Os outros três eleitos são Vanessa Cristina de Carvalho (160); Maria Aparecida Jerônimo Brait (149) e Roberta Mariuxa Cordeiro que somou 132 votos.
Os outros cinco mais votados ficam como suplentes, ou seja, assumem a função caso haja necessidade. Os suplentes são: Beatriz de Oliveira Damasceno (128); Rosemeire Batista Antonio Pedrozo (120); Christian Nasário P. da Silva (97); Reynaldo Gama (92) e Michelle Môra Piai com 84 votos.
A votação dos outros cinco candidatos foi a seguinte: Paula Renata G. Paro de Moraes (77); Marciana Serafim de Queiroz (43); Sônia Regina D. Oliveira Piai (35); Ana Paula Rodrigues (25) e Maria Ivanete Alves da Silva (17 votos). Também foram registrados 9 votos nulos e 7 brancos. A posse dos eleitos está marcada para o dia 10 de janeiro para um mandato de 4 anos.
Os eleitos: Reginaldo, Rosângela, Vanessa, Aparecida e Roberta.
Apenas uma urna e uma cabine para votação causaram a enorme fila que gerou muita reclamação.
A contagem dos votos foi acompanhada pelos candidatos.
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