Possibilidade do sino ser derretido gera polêmica
Depois de mais de 90 anos badalando, o sino da igreja pode vir a ser derretido.
A notícia, veiculada na última semana, de que o sino da igreja matriz pode ser derretido causou indignação em muitas pessoas, que procuraram a redação deste jornal para fazer um apelo para que isso não aconteça de jeito nenhum.
O sino da igreja matriz foi doado por Antônio Junqueira Franco “Nico”, o primeiro prefeito de Colina, em 1923, tanto que o nome dele foi gravado no sino colinense. Em meados de 1920 a comunidade da época iniciou campanha para a construção da igreja de Colina, que ainda nem tinha sido emancipada e era apenas um povoado.
Apesar de não ser visto, o sino sempre esteve na torre da igreja onde as badaladas sonoras se propagam e que há mais de nove décadas anunciam as horas. O sino colinense, que pesa mais de uma tonelada, é de bronze maciços pode ser considerado como uma raridade já que é um dos únicos, deste porte, em todo o Estado.
As manifestações que chegaram até a redação contestam a decisão da paróquia de entregar o sino como abatimento no pagamento do novo, que será colocado no campanário da matriz dentro de poucos dias. Elas retratam principalmente que o sino é uma relíquia, de valor histórico e cultuiral e a possibilidade de ser derretido deve ser descartada veementemente.
Foram apontadas também várias possibilidades como fazer um empréstimo em um primeiro momento e depois uma campanha junto à comunidade que ajudaria no pagamento das parcelas. As pessoas também questionaram porque esta campanha não foi feita antes da construção do novo sino.
Padre Santana disse que a paróquia não dispõe de R$ 90 mil para pagar integralmente pelo novo sino. Então surgiu a possibilidade da empresa ficar com o sino antigo e abater R$ 30 mil no pagamento. Ele disse que concorda que o sino faça parte do acervo do museu, porém afirma que a paróquia não dispõe do valor integral. “Estamos abertos ao diálogo e as doações de empresários, produtores rurais e políticos. Se arrecadarmos este valor o sino ficará na cidade”, destacou o padre.
Gravação no sino da igreja matriz: ‘‘OFFERECIDO POR ANTÔNIO JUNQUEIRA FRANCO À MATRIZ DE COLINA 1923’’.
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