Justiça decreta prisão preventiva dos acusados
O delegado Celso Spadácio concluiu na semana passada o inquérito policial sobre a morte da jovem jaborandiense Solange Aparecida da Silva, 23 anos, que depois de atropelada foi brutalmente estuprada.
As investigações duraram vários dias e na sexta-feira, dia 2, o delegado entregou o inquérito ao promotor Cleber Pereira Defina. Após análise, o representante do Ministério Público ofereceu a denúncia e requereu o pedido da decretação da prisão preventiva na terça-feira, dia 6.
A juíza Miriana Maria Melhado Lima Maciel acatou o pedido e no mesmo dia decretou a prisão preventiva, por tempo indeterminado, dos três colinenses acusados de participarem do crime. A decretação da prisão preventiva aconteceu um dia antes do fim do prazo da prisão provisória, que terminou ontem.
MP OFERECE DENÚNCIA
Na denúncia, em separado, contra os três acusados, o promotor Cleber Defina relata que “os denunciados são acusados de praticar crimes com requintes de crueldade, impingindo ignóbil tortura contra a vítima, que foi atropelada e estuprada até a morte”. Acrescenta que, “a prisão preventiva deve ser decretada tendo em vista a existência de fundadas razões de que, caso soltos, os indiciados venham a comprometer a instrução processual”.
No texto o promotor relata que “a noite dos denunciados, vítima e seus amigos estava sendo regada com muita bebida alcoólica e, particularmente em relação aos indiciados, uso abusivo de drogas, notadamente cocaína. A vítima, em razão do uso excessivo de álcool e entorpecente, encontrava-se parcialmente dopada”.
“Ao tentar ir embora da estrada, o motorista do Gol, que estava bêbado, drogado e contrariado porque não conseguira manter relação sexual com Solange, efetuou manobra em marcha ré e veio a atropelá-la, causando-lhe luxação do quadril esquerdo e fratura da quinta vértebra lombar”.
“Os autos narram autênticos lances de horror e crueldade praticados em detrimento da ofendida, a qual passou por tratamento cirúrgico para reconstrução da vulva e vagina”. A denúncia ainda relata que “em um dos momentos um deles a obriga a praticar sexo oral e, para se defender, ela morde o pênis do agressor. Fato que desencadeou, nos amigos, uma escalada de violência tão repugnante como bestial. Os dois continuaram a forçar as penetrações, em alguns momentos, duplas”.
Terminada a tortura e selvageria, os dois agressores ameaçaram matar os genitores de Solange caso contasse a alguém o que havia acontecido. “Após dilacerarem a vítima, deixaram o local no mesmo veículo em que chegaram. O outro acusado também foi severamente advertido, inclusive com uma arma de fogo”.
O MP denunciou os acusados em vários artigos do Código Penal e relacionou um rol de testemunhas que deverão ser ouvidas quanto ao crime de estupro seguido de morte e lesão corporal culposa.
Postado em 10/03/2012
Por: A Redação