Sequência de assaltos no comércio, inclusive com tiro, gera protesto cobrando mais segurança
Comerciantes fecharam as portas na manhã de terça-feira em protesto pela onda de violência. A imprensa local e regional acompanhou a mobilização.
Comerciantes, vítimas de roubos e assaltos, durante reunião na ACIC com o presidente Fausto Cortes, afirmaram que a situação está insuportável.
A sequência de roubos que culminou com o disparo de arma de fogo no assalto ocorrido na segunda-feira, em uma loja de celular no Terminal Rodoviário, que por muito pouco não acabou em tragédia, foi a gota d’água para a mobilização que aconteceu na manhã de terça-feira, acompanhada pela imprensa local e regional.
Em 6 dias, com exceção de domingo, foram 5 assaltos à mão armada, ou seja, praticamente um por dia, cometidos em diferentes pontos da cidade. Segundo levantamento feito pela reportagem, nos últimos 4 meses foram registrados 23 assaltos e 2 tentativas de roubo, uma estatística alarmante e preocupante para uma cidade do tamanho de Colina.
A queixa dos comerciantes e o espanto da população com a sequência de roubos fez com que o líder comunitário Celso Roberto Lima encabeçasse o movimento de protesto na manhã de terça-feira, que inclusive teve o fechamento do comércio por alguns minutos. A mobilização terminou por volta de 11 horas com uma reunião na Associação Comercial e Industrial de Colina – ACIC, presidida por Fausto Valentim Cortes, com diversos comerciantes, principalmente os que foram vítimas de assalto e roubos.
Além de reclamar da segurança, os participantes falaram da falta de impunidade que desfavorece o cidadão de bem e protege o adolescente que, por não ser maior de idade, logo está novamente na rua cometendo novos crimes.
A indignação foi geral pelos comerciantes que não aguentam mais trabalhar para os bandidos, que em poucos minutos levam o que foi conquistado com muito suor. A repórter da EPTV inclusive ficou espantada quando o comerciante Eduardo Silva, proprietário da lanchonete “Fim de Noite”, disse que as motos para entrega de pedidos já foram roubadas nove vezes. Disse que na maioria das vezes ele que fez o trabalho de investigação para recuperar o veículo e não ficar no prejuízo.
“Até quando vamos conviver com o perigo? Será preciso acontecer uma fatalidade para as autoridades tomarem providências? Cadê a polícia nas ruas, como antigamente? Colina já teve três investigadores na Polícia Civil e hoje tem apenas um. E a resolutividade das ocorrências? Durante o debate na sede da ACIC alguns comerciantes revelaram que Jaborandi tem 3 investigadores. Por que isso acontece?”, desabafou um comerciante que preferiu não se identificar com medo de represálias.
É preciso buscar soluções urgentes para diminuir a violência e acabar com o medo, que afeta a população em geral. Em alguns dos assaltos os frequentadores de um bar, que em dois meses foi assaltado duas vezes, ficaram sob a mira dos revólveres e tiveram os celulares roubados. Em outro, os frequentadores de uma lanchonete ficaram presos no banheiro enquanto os bandidos ameaçavam de todas as formas os funcionários e o dono do estabelecimento. Outro proprietário de lanchonete também ficou ferido durante o roubo ocorrido na última semana. Até quando a população estará refém dois bandidos???
“Os políticos deveriam tomar providências a esse respeito. Isto é inaceitável. Parece que existe algum interesse obscuro em não resolver os problemas que afligem a cidade”. “Nós geramos empregos, pagamos impostos e não temos direito ao mínimo de segurança. Isso é um absurdo”, declararam os comerciantes.
Repórter da EPTV ficou surpresa quando o comerciante Eduardo Silva disse que as motos da lanchonete foram roubadas por nove vezes. Revelou também que em várias ocasiões ele fez a investigação e conseguiu recuperá-las.
Celso Roberto “Beto Lima”, coordenador da mobilização, concedeu entrevista à EPTV dizendo que a situação está descontrolada.
Fábio Ferreira, da Panificadora Suprema Pão, fala à reportagem do medo e insegurança em trabalhar depois de ser assaltado por várias vezes.
Comerciantes aderiram ao protesto e fecharam as portas durante a manifestação.
Noraldino Mendes de Jesus, do Dino Supermercado, vítima de assalto, também manifestou sua preocupação com relação à insegurança que toma conta da cidade.
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