Apesar da ameaça, comerciante reconhece ladrão que é preso
Antes de sair da loja que acabava de assaltar, o ladrão ameaçou a comerciante com as seguintes palavras, “se falar para a polícia eu volto e te mato”. A comerciante Cláudia Rodrigues, que reside no Jardim Santa Lúcia há 25 anos e é proprietária da Cláudia Modas, foi assaltada no dia 3, às 14h, quando o ladrão entrou na loja empunhando uma faca.
“Ele chegou querendo dinheiro, abriu a gaveta e pegou duas notas de R$ 20,00 falsas, que tinha recebido. Eu o avisei que as cédulas eram falsas, mas ele não se importou. Também levou meu celular e um saco cheio de chaveiros que o meu pai tinha acabado de trazer de Aparecida”, relatou a comerciante que imediatamente acionou a PM. O ladrão, que não estava com o rosto coberto e usava apenas um boné, dizia para a vítima não olhar para ele, e fugiu numa bicicleta que deixou nas imediações da loja.
Sem câmeras no local, a única forma de identificar o bandido foi através do reconhecimento. Muitas vezes as vítimas não fazem isso por medo das ameaças que sofrem, o que atrapalha o desfecho do caso. O autor acaba sendo liberado porque não há como identificá-lo. Mas não foi isso que aconteceu, a comerciante fez o reconhecimento e o bandido foi parar atrás das grades de onde havia saído recentemente, no dia 24 de fevereiro, onde cumpria pena por outro crime.
“Não precisa ter medo, é para isso que existe a polícia. Os bandidos fazem pressão psicológica para amedrontar-nos e não abrirmos a boca. Se o medo tomar conta das vítimas a situação vai piorar. Se não fizesse isso ele voltaria toda semana para me roubar. A minha sorte é que ele é maior de idade, reincidente e vai pagar pelo que fez”, desabafou a comerciante.
Ela também pediu mais policiamento na cidade. “O problema são as leis que geram a impunidade. A polícia trabalha como pode, é preciso pedir reforço policial para aumentar o efetivo que está defasado”, disse Cláudia.
A população tem que fazer a sua parte. Os bandidos não podem se dar bem sempre. É preciso registrar as ocorrências e ir até as últimas consequências para termos nossos direitos de cidadãos garantidos.
Fachada da “Cláudia Modas” que também foi “visitada” por ladrão que se deu mal.
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