Depois de sofrer 16 furtos e 4 assaltos, inclusive com agressão, dono de bar pensa em fechar estabelecimento
Os assaltos seguidos, sendo que o último com o uso de violência, estão desanimando o comerciante José Mário Pezzim, de 66 anos, que há 17 anos tem o bar no cruzamento da Av. Cel. Antenor Junqueira Franco e Rua José Marques de Oliveira.
“No bar não tem briga, o ambiente é tranquilo e costumo dizer que não tenho cliente porque todos são amigos e frequentam há muito tempo o estabelecimento. Sempre gostei de trabalhar aqui, mas vou ser obrigado a parar e arrumar outro trabalho porque está sendo difícil de tocar. Nos últimos meses tive um prejuízo de quase 4 mil reais com os roubos”, contou Pezzim que ficou assustado com o assalto do último domingo, às 21h25, em que foi agredido com um soco na boca por um dos bandidos. O filho do comerciante relatou a sua indignação nas redes sociais.
Ele contou que já tinha fechado o bar e estava na avenida em frente ao estabelecimento quando dois bandidos, um maior e outro de estatura mais baixa, usando toca e máscara de carnaval, saíram de dentro do Club Hípico e entraram na frente do carro que engasgou e parou. “Ao mesmo tempo que apontavam as mãos escondiam algo que não deu para ver se eram armas. O bandido mais alto foi na janela do carro e muito agressivo disse que queria o dinheiro. Antes que pudesse fazer qualquer gesto para pegar o que queriam fui atingido por um soco na boca que amoleceu um dos meus dentes. Ele deu outro que pegou de raspão porque consegui me esquivar. Quando entreguei a quantia de R$ 350,00 pedi que me devolvessem a carteira que continha todos os documentos pessoais, cartões e talão de cheque. Eles nem deram bola e retornaram para o interior do Club Hípico, que estava com o portão dos fundos destrancado, por onde fugiram”. Na segunda-feira de manhã o comerciante vasculhou o campo do polo em busca dos documentos e achou a sacola, que entregou aos ladrões, vazia. “Para piorar ainda tenho que correr atrás da 2ª via dos documentos”.
O bar já foi assaltado 4 vezes à mão armada, sendo que o último roubo aconteceu há 15 dias, em 19 de fevereiro. O número de furtos também impressiona, foram 16. “A gente precisa trabalhar porque a aposentadoria não dá, mas a violência está cada vez pior. Tenho saudade daquele tempo em que a Força Tática realizava blitz pela cidade, o que aumentava a sensação de segurança e intimidava os bandidos. A quem devemos recorrer para que isso aconteça novamente?”, implorou Pezzim.
O comerciante, de 66 anos, mostra as marcas da agressão.
Dezessete anos de bar e a conquista de uma boa clientela e amigos não sobrepõem o medo e a insegurança vivido pelo comerciante.
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