Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente,
os homens presentes, a vida presente.
Carlos Drummond de Andrade
Comentário: Realmente, a preocupação em ser alienado é algo comum, veja Carlos Drummond de Andrade. Deveríamos fazer como ele: chega de reproduzir maquinalmente aquilo que vemos e ouvimos dos meios de comunicação! Agora é hora de pensar, refletir e procurar uma solução que nos traga um mundo melhor. Nada de fugir ou ignorar, de lembrar do passado ou de lamentar o presente e esperar por um futuro melhor! Vamos dar as mãos, voltar nossas mentes para o ‘hoje’, porque dele dependemos e somos a chave que o futuro sempre aguardou e aguardará!
Humberto R. Carvalho dos Santos, Lorena Cháboli dos Santos e Maria Eduarda P. Sousa - alunos 3º Colegial CCM
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