Com poucos participantes, audiência pública debateu a segurança
Major Henrique, Capitão Hannickel e Sargento Éder após audiência que debateu a segurança em Colina.
Apenas 17 pessoas e mais 7 vereadores (Edinalva, Jorge, Ailton, Cal, Gasolina, Lupercio e Zaía) participaram da 1ª audiência pública realizada pela Polícia Militar para debater a segurança pública.
O evento foi realizado na noite de segunda-feira na Câmara Municipal. As explanações sobre os índices criminais e outros levantamentos numéricos da Polícia Militar foram feitos pelo Sargento Éder, comandante do grupamento colinense. Ele também contou com o apoio do Capitão Hannickel, comandante da 4ª Cia. de Guaíra e do Major Henrique, também de Guaíra.
Éder agradeceu a presença do público, na noite fria de segunda-feira, mas também questionou alguns comerciantes que criticam a PM e não estavam presentes ao encontro, oportunidade para esclarecer dúvidas, apresentar críticas e sugestões.
Tanto o Sargento quanto o Capitão frisaram que, “É preciso mudar a legislação para impedir a impunidade. As vezes o indiciado é detido, porém a lei permite o pagamento de fiança, entre outras brechas e o bandido fica solto. Isso não é culpa das autoridades e sim das leis que estão ultrapassadas”.
O comandante colinense disse que o efetivo, que é de 19 homens hoje, conta com 20 PMs, inclusive uma policial. Apesar das críticas com relação ao 190, que foi transferido para Ribeirão, ele diz que foi positivo. “Tínhamos sempre 4 policiais por dia para os atendimentos, agora eles estão nas ruas patrulhando a cidade, levando mais segurança aos munícipes”, disse Éder. Ele também revelou que até o dia 30/4 foram fiscalizados 3.554 veículos, sendo que 343 foram autuados. Ainda neste período foram detidos 27 adolescentes, muitos por tráfico. Os números mostram que foram apreendidos até 30/4: 188g de maconha, 566g de crack e 2,584 de cocaína. Também foram apreendidas 7 armas de fogo só neste 1º quadrimestre, 3 a mais que todo o ano passado. Os roubos também estão em alta, até o momento 17 contra 20 em 2015. Portanto, existe a probabilidade de aumento.
Os policiais alertaram sobre os cuidados com a casa e veículos para se evitar furtos. Reiteram que a população deve a todo momento denunciar qualquer atitude suspeita que é de fundamental importância para prevenir os crimes. Alegaram também que a crise econômica causa um aumento da criminalidade.
GUARDA MUNICIPAL NÃO É VIÁVEL
Questionados se a implantação da Guarda Municipal ajudaria na questão de segurança, o Major Henrique, especialista no assunto, disse que o reflexo é muito pequeno considerando a falta de profissionais específicos.
“A PM demora mais de 1 ano para formar um policial que já tem pré-requisitos básicos. Hoje esbarra-se em diversos detalhes para se implantar a Guarda, como treinamento técnico, uso de arma, conhecimento de direito e deveres, etc. Portanto, a opção tem sido a ‘Atividade Delegada’ que é feita pelo Policial Militar fora do horário de trabalho”, destacou.
A questão das bicicletas que circulam pelas ruas na contramão causando acidentes também foi discutida. Segundo os policiais, a PM pode até orientar, mas se não tiver uma lei municipal que regulamenta o assunto fica impossível disciplinar ou punir infratores.
Ao final o Sargento Éder destacou: “A segurança depende de um trabalho conjunto. A PM está fazendo a sua parte. Mas precisamos que a Polícia Civil, o Ministério Público e a Justiça também façam a sua parte para atendermos plenamente os anseios da população”.
Policiais durante audiência na Câmara para um público abaixo da expectativa.
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