CASO SOLANGE
Dedicação e empenho de delegado foram fundamentais para esclarecimento do crime 
 
Delegado Celso Spadácio com os investigadores Paulo Pessoa, Lenita Ávila, Adão Jacob e Jeziel Pereira que auxiliaram nas investigações.
 
O trabalho investigativo é fundamental para esclarecer um crime, a forma como ocorreu e, se tiver sido cometido por mais de uma pessoa, a participação que cada um dos envolvidos teve no desenrolar dos fatos. É a partir destas informações que a Justiça tem os elementos necessários para condenar o (s) autor (res). 
Quantas vezes já ouvimos que as provas processuais foram insuficientes para condenar o indiciado ou que a investigação foi prejudicada porque os envolvidos tentaram apagar as evidências do crime. 
Isso faz parte da rotina da polícia, que está acostumada a lidar com todo tipo de situação
Mas, como diz o ditado, não existe crime perfeito porque o criminoso, por mais cuidadoso que seja, sempre deixa alguma pista onde a polícia se apega para iniciar a investigação e desvendar o mistério. 
Foi assim, e com dedicação quase exclusiva, que o delegado Celso Spadácio, juntamente com outros policiais, coletou as provas do caso Solange que foram juntadas no processo, que já tem três volumes. O delegado barretense, com vários anos de carreira, assumiu o caso em 16 de janeiro deste ano, quando passou a responder pela Delegacia de Polícia de Jaborandi, que não tem titular. A cada três meses a Seccional nomeia um delegado para responder pela unidade. 
A PONTA DO ICEBERG 
Até então o caso estava registrado como atropelamento, mas tanto o laudo necroscópico como o atestado de óbito, expedido em 26 de dezembro, apontavam que a morte também tinha sido causada por estupro. 
Com esses elementos nas mãos, o delegado começou as diligências e procurou uma parente da vítima, a qual Solange, quando internada, tinha relatado todas as barbaridades cometidas contra ela
Com a investigação em andamento, Dr. Celso chegou até um dos envolvidos que contou sua versão dos fatos. Ele assumiu apenas o atropelamento e revelou o nome dos autores do estupro, cometido por outros dois rapazes, também de Colina. 
Para não atrapalhar a coleta de provas, o delegado solicitou a prisão temporária dos três envolvidos, que ficaram inicialmente 30 dias presos e tiveram a prisão preventiva decretada na última semana. 
“Nos quase dois meses de investigação foram feitas 27 oitivas e percorridos 6 municípios. Fomos até Limeira prender um dos envolvidos que estava internado em uma clínica para recuperação de dependentes químicos. Em Olímpia derrubamos o álibi falso de um dos acusados do crime”, contou Dr. Celso. Acrescentou, “foram horas e horas de dedicação total na busca de testemunhas, declarações e no depoimento dos envolvidos. Dois deles negam os fatos e preferem continuar em silêncio. Para mim não há dúvidas, o crime bárbaro foi cometido por eles”. 
O delegado agradeceu o empenho da sua equipe de trabalho da Delegacia em Jaborandi e também do escrivão Fabiano Mendonça e dos investigadores da Polícia Civil de Colina. “Se não fosse o trabalho coordenado e com dedicação conjunta provavelmente ainda não teríamos concluído o inquérito”, comentou. 
Os acusados, que estavam presos em Severínia, já foram transferidos para o CDP – Centro de Detenção Provisória de Taiúva, onde permanecem por tempo indeterminado à disposição da Justiça. 

Postado em 17/03/2012
Por: A Redação
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