Provedor do hospital desconhecia cobrança “por fora”
João Pedro da Silva Destri (foto), provedor do Hospital José Venâncio, informou à reportagem que não tinha conhecimento da cobrança “por fora” denunciada pela justiça contra dois médicos que respondem por corrupção passiva. Ele também esclarece que não responde por nenhum inquérito e que sempre procurou trabalhar em prol do hospital colinense. Confira a seguir entrevista concedida ao “O COLINENSE”
O senhor tinha conhecimento da cobrança “por fora” dos pacientes do SUS, conforme denúncia oferecida pelo Ministério Publico a dois médicos do Hospital José Venâncio?
Não. Obtive tal informação mediante as denúncias apresentadas.
Quando e como pode ser cobrado do paciente que é atendido no hospital?
Toda internação é cobrada dependendo da forma, ou seja, a característica da internação: particular, convênio privado ou SUS, cada qual tem sua forma de cobrança. Quando é SUS na mesma é emitida uma AIH (Atendimento de Internação Hospitalar). Quando é convênio, a cobrança é feita de acordo com a tabela contratada junto ao convênio. Quando é particular, a forma de cobrança é feita diretamente ao paciente.
Nos procedimentos particulares como cirurgias realizadas pelos médicos o hospital também recebe por isso? Quais os valores?
Sim. Nas internações particulares, o hospital recebe pela utilização das dependências, como: diária de quarto, taxa de sala, medicamentos e materiais utilizados, exames, etc. Por exemplo, quando é pelo SUS é conforme a tabela de procedimentos (pacotes) onde tudo é incluso. Quando a internação é pelo convênio seguimos também por procedimento apresentado e a tabela é específica de cada convênio e, quando particular, seguimos a tabela estabelecida pelo hospital. Tudo é conforme solicitado e relatado no prontuário de internação.
O que tem a dizer sobre a abertura de inquérito policial sobre a possível conivência do Senhor sobre a cobrança “por fora”, por parte dos médicos, de pacientes do SUS?
Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que não há inquérito contra minha pessoa. Todas as doze denúncias apuradas pela polícia, dizem respeito apenas aos médicos. Sendo que, inclusive fui chamado pelo promotor como testemunha de acusação nos doze inquéritos. Apenas em um fui citado de forma equivocada, não verdadeira pela esposa de um dos pacientes, pessoa esta “esposa” que está interditada pela justiça, ou seja, que não pode responder pelos seus atos. Contudo, na última terça-feira, dia 22, compareci à Delegacia para prestar “esclarecimento” na condição de declarante e não de investigado. Oportunidade para esclarecer os fatos relativos à conversa que tive com essa senhora nas dependências da Secretaria da Saúde, com várias testemunhas. Assim, estou absolutamente tranquilo, porque nada devo. Não sou e nunca fui conivente a nada e nem a ninguém. Sempre mantive o propósito de trabalhar e tentar fazer o melhor ao nosso hospital e a nossa sociedade. Sou funcionário do município e em horas e momentos alternados como Provedor eleito, com uma diretoria ativa, onde cada membro tem sua função e não recebemos do hospital para sermos diretores e nem conselheiros, pois se recebêssemos, o nosso hospital não poderia ser certificado como Sociedade Filantrópica.
No que se refere às denúncias temos que aguardar o que está sendo apurado, mas garanto que nem o Hospital e nem o Provedor representado por mim, não têm nenhuma participação em nada e muito menos conivência.
Continuo trabalhando em busca de benefícios para o Hospital com várias conquistas como equipamentos para lavanderia completa, autoclave - equipamento de manutenção à vida, gerador, entre outros. Isso tudo conquistado com muito trabalho e ajuda de nossa sociedade, com várias campanhas em busca do melhor para nosso Hospital.
O provedor, João Pedro da Silva Destri, concedeu entrevista à reportagem.
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