Conselheiro tutelar se tornou profissão de risco
A profissão de conselheiro tutelar se tornou uma atividade de risco com as mortes que têm ocorrido no país. As pessoas escolhidas pela comunidade para proteger as crianças e adolescentes vivem uma rotina de medo e não é só em cidades maiores que isso acontece.
O Conselho Tutelar de Colina também denunciou que sofre ameaças nas visitas domiciliares e nos atendimentos que realiza no prédio onde o órgão funciona. “As famílias que expõem crianças a algum risco nem sempre aceitam a nossa intervenção”, declararam os conselheiros que já foram ameaçados por um homem armado com uma faca.
O ano de 2017 está apenas começando e dois conselheiros já foram assassinados no país. O 1º caso ocorreu no último dia 11, em Itupiranga – Pará. Dois conselheiros foram baleados no momento em que iam fazer um atendimento. Um deles não resistiu aos ferimentos provocados pelos seis tiros e morreu. O outro precisou passar por cirurgia para a retirada do projétil no abdome. O CT colinense permaneceu fechado no dia 12 de janeiro em sinal de protesto. O órgão funcionou em regime de plantão à longa distância.
Na segunda-feira, dia 23, mais um conselheiro foi morto a tiros desta vez em Ouro Verde – Santa Catarina. O CT de Colina aguarda ofício da Secretaria de Direitos Humanos, de Brasília, para fechar as portas em luto pela morte do colega de profissão. O protesto também representa uma forma de incentivo para a criação de leis que protejam o conselheiro que está cada vez mais vulnerável no cumprimento da sua missão.
O caso mais grave envolvendo conselheiros aconteceu em fevereiro de 2015 quando três deles foram assassinados em Poção, no agreste pernambucano, quando retornavam de um atendimento.
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