Escolta de preso traz prejuízo à população ao tirar o policial da rua
O público que participou da audiência esteve composto pelos vereadores, vice-prefeito e munícipes.
O policial que devia estar na rua realizando à segurança da população está deixando de cumprir sua missão para realizar as escoltas de presos. A Secretaria de Segurança Pública também delegou à Polícia Militar que apresente as pessoas presas em flagrante nas audiências de custódia. Outra incumbência, que é realizada há muito tempo e que entrou em vigor recentemente, é a escolta de menores.
Esta reclamação, repassada em tom de desabafo pelos comandantes da Polícia Militar durante a audiência pública no último dia 16, no auditório da Secretaria de Educação, deixou o público assustado já que as escoltas estão tirando o policial da rua e a população fica prejudicada. A demanda de trabalho dos policiais também aumentou com as escoltas. O efetivo do Grupamento da PM em Colina é formado por 19 policiais, que trabalham em 6 viaturas.
Segundo levantamento apresentando na audiência, no período de outubro a dezembro do ano passado a viatura foi tirada 89 vezes do policiamento em Colina para fazer a escolta de preso, que é realizada em todo o Estado.
O tema foi abordado tanto pelo Capitão André Luiz Hannickel, comandante da 4ª Cia. em Guaíra como pelo Sargento Éder Ferreira da Silva, comandante do Grupamento colinense, que fizeram as explanações durante a audiência que reuniu um público de 26 pessoas. Também participaram do evento o Capitão Vinícius Cláudio Zoppellari, coordenador operacional do 33º BPMI, sediado em Barretos e o Cabo David de Souza Paula.
NOVIDADE
O que chamou a atenção positivamente foi a participação de 7 dos 11 vereadores, que estiveram representados pelo presidente Henrique, Célia, Daniel, Edinalva, Fátima, Penachone e Tatiane. Também estiveram presentes o vice-prefeito Sérgio Campanholi, a conselheira tutelar Beatriz Damasceno e público em geral.
Ao deixar a palavra aberta ao público o vereador Daniel Cury perguntou se as escoltas podem ser retiradas das delegações da PM. O Capitão Hannickel respondeu que na capital há os agentes de escolta contratados e treinados pelo governo, através da Secretaria de Assuntos Penitenciários. “Os vereadores tem força política e contatos com os deputados, que podem viabilizar junto à Secretaria que assuma as escoltas de presos no interior. A Câmara também pode mandar uma Moção de Repúdio à Secretaria de Segurança Pública”, explicou Hannickel.
IMPUNIDADE GERA CRIMINALIDADE
Também foi abordado sobre os crimes que se tornaram afiançáveis: homicídio culposo, sequestro e cárcere privado, furto, receptação, associação criminosa, disparo de arma de fogo, entre outros. As mudanças no Código Penal está favorecendo os criminosos que sabem disso e continuam na prática da criminalidade.
VIZINHANÇA SOLIDÁRIA
Na audiência foram mencionados os projetos desenvolvidos pela PM, um deles é a “Vizinhança Solidária” que tem dado muito certo nos municípios onde foi implementado. “Os moradores do bairro montam um grupo no WhatsApp onde todos se ajudam e vigiam um ao outro”, relatou Hannickel. Em Colina já existe o “Comércio Solidário”, um grupo que está começando para que os comerciantes troquem informações. Quem quiser saber mais sobre os projetos pode procurar o Grupamento da PM coinense.
DELEGACIA ELETRÔNICA
No período de 3 meses, de outubro a dezembro de 2016, houve 710 intervenções policiais com efetivo, que resultaram em 290 boletins de ocorrências no Grupamento colinense. O cidadão pode registrar a ocorrência sem sair de casa, basta acessar o site da Secretaria de Segurança Pública (www.ssp.sp.gov.br) e selecionar o tipo de ocorrência. As investigações sobre crimes registrados em boletins eletrônicos são realizadas pelas delegacias de polícia das áreas ou municípios onde os fatos ocorreram.
SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO
As audiências são realizadas trimestralmente, obedecendo determinação do Comando de Policiamento do Interior, de Ribeirão Preto. “A participação popular nas audiências é mínima ou nula porque a população carece do sentimento de pertencimento”, destacou Hannickel que disse ao público e aos vereadores para levarem nos próximos eventos os vizinhos, parentes e os eleitores.
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