GAECO cumpre mandados de busca e apreensão sobre irregularidades no hospital

Provedor e gerente administrativa são afastados dos cargos

Viaturas da Polícia Civil e GAECO em frente ao Hospital durante cumprimento dos mandados de busca e apreensão.   Ronaldo Moura

Os integrantes do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), acompanhados dos delegados seccional Edson João Guilhem, local Rafael Faria Domingos e do promotor de Colina, Matheus Botelho Faim estiveram no Hospital José Venâncio e na casa do provedor da instituição cumprindo mandados de busca e apreensão na manhã da última segunda-feira.

A operação teve início por volta de 6 horas no Hospital José Venâncio onde foram apreendidos computadores, prontuários e outros documentos. Em seguida os policiais estiveram na residência do provedor e gerente administrativa onde também apreenderam notebook e celulares. O casal foi conduzido à Delegacia Seccional para prestar depoimento, juntamente com uma funcionária do hospital e depois liberados.

Segundo dr. Rafael, a ação é um desdobramento de inquéritos policiais instaurados ano passado que apurou denúncias de cobrança ilegal de médicos a pacientes do SUS. Na ocasião, em novembro de 2016, dois médicos foram denunciados pelo Ministério Público e ficaram afastados do hospital por alguns dias, até conseguirem a revogação da liminar no Tribunal de Justiça, permitindo o retorno às atividades.

“Queremos apurar se a gerente administrativa e o provedor efetivamente tinham conhecimento dessas práticas e se fizeram algo – ou deixaram de fazer algo – para que essas práticas fossem cessadas”, explicou o delegado colinense. Segundo ele, os materiais apreendidos passarão por perícia e verificação para apurar se havia participação, algum aproveitamento econômico ou até omissão por parte deles.

Dr. Rafael informou que as investigações apontam que a cobrança ilegal de pacientes do SUS estaria ocorrendo há cerca de 10 anos no hospital de Colina.

Ele também esclareceu que diante dos fatos a justiça determinou o afastamento temporário do provedor e da gerente administrativa de suas funções para que não haja qualquer tentativa de obstar a investigação do Ministério Público e Polícia. Segundo informações da diretoria do Hospital o 1º secretário, Osny Cezar Paro, assumiu como provedor. Osny é secretário municipal de Materiais e Suprimentos e também ocupou a função de provedor do hospital em 1998/2000.

Procurado pela reportagem, o Promotor de Justiça de Colina, Matheus Botelho Faim, que cumpriu os mandados, auxiliado pelo GAECO, ao lado dos delegados seccional e local, não quis entrar em detalhes sobre o caso a fim de preservar as pessoas envolvidas e a análise das provas arrecadadas. Ele apenas disse que a operação está relacionada a inquérito policial, com efeito sigiloso, que ainda está em andamento e apura eventuais irregularidades no Hospital José Venâncio. Segundo ele, os mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva, autorizados pela justiça, foram cumpridos logo nas primeiras horas da manhã porque demandam tempo para que as diligências e depoimentos ocorressem no mesmo dia.

Delegado Rafael Domingos acompanhou a ação do Gaeco juntamente com o delegado Seccional Edson Guilhem e o promotor Matheus Faim.  Ronaldo Moura


Postado em 08/04/2017
Por: A Redação
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