Assustou-se com o título não é mesmo? Pois é, Colina tem sim potencial turístico e não é só no trato do cavalo não. Em tempos de internet, com as redes sociais, o boca a boca já caiu por terra, precisamos é de um despertar para o turismo, que inclui: investimento, política pública, conscientização da população e transpor a barreira das intenções para realizar de fato algo.
Agora pense no seu fim de semana: feriado prolongado, férias imagine acordar com as galinhas, tirar leite de vaca, uma rede esticada na varanda ou na sombra de uma frondosa árvore à tardezinha, tirando aquele cochilo, enquanto as maritacas se reúnem e conversam ao por do sol.
Cheiro de mato, reunião com amigos regada a vinho ou aquela cachaça produzida artesanalmente, comer aquele peixe fresco que você mesmo pescou enquanto as crianças brincam de bola no quintal, cheiro de terra molhada, fazer caminhada, rir de coisas bobas, admirar a natureza. O que para você parece bobo e corriqueiro é um sonho de consumo para os 82% dos brasileiros que vivem em grandes centros urbanos. Esses “urbanoides” cercados por prédios e asfalto, que compartilham um trânsito caótico, que vivem sobre intenso stress são responsáveis pelo crescimento do mais que dito e cobiçadíssimo Turismo Rural, um recanto de paz para adultos e crianças que através do contato com a natureza e a vida simples investem alto no setor para ter o que você tem gratuitamente quando abre a sua janela de manhã.
Vários são os municípios que se encontraram economicamente e vivem essencialmente do turismo. O primeiro passo talvez seja conhecer sua própria cidade, seu potencial, que atrativos ela oferece, você com certeza se surpreenderia. Muito pode ser feito para alavancar o turismo e, em curto prazo. Por mais longo que pareça o caminho toda a jornada tem início no primeiro passo que precisa ser dado se quisermos chegar há algum lugar.
Colina além do cavalo, nosso ícone maior, que por si só já seria o suficiente para pensarmos em políticas publicas eficientes para o turismo local, se encaixa não só no turismo rural (que possui atrativos que todos já estão cansados de saber), mas em segmentos como: Turismo de Lazer e ecoturismo (pesqueiros, natureza, trilhas, criação de aves ornamentais e etc). Turismo Religioso (já pararam pra contar a quantidade de capelas que a sua cidade possui? Além da matriz, várias espalhadas nas inúmeras fazendas existentes aqui, além de manifestações religiosas, entre elas quermesse e festejos em homenagem ao padroeiro). Turismo Educacional (além de possuírmos uma escola rural, visitas extracurriculares mostrando produção de cavalos, produção da borracha através das seringueiras, fábricas de grande porte como Cutrale, Usina Guarani entre outros). Turismo Cultural (o tradicional desfile cívico e alegórico realizado em comemoração ao aniversário da cidade, festas juninas na zona rural, grupos artísticos, artesãos e artistas locais). Turismo de Patrimônio Histórico (arquitetura, entre elas casarões, fazendas, estação ferroviária e Ponte Alice Dias).
Com certeza há inúmeros outros segmentos e atrativos que poderíamos elencar aqui; você leitor provavelmente já pensou em mais alguns mesmo, que infelizmente, não sejamos agraciados por praias e cachoeiras, fica evidente que o turismo abre um leque de infinitas possibilidades.
São vários os recursos, mas de nada adiantam se não soubermos utilizarmos, possuímos profissionais qualificados, equidade, boa hospedagem, boa estrutura, bons atrativos só nos falta mesmo é a tal da boa vontade.
Vagner Cotrim