Direitos e deveres do aluno
Como aluno, frequentei as escolas públicas paulistas nos anos 60 e 70 e nas décadas seguintes até a presente data, continuei inserido no sistema público educacional atuando como suporte de administração escolar em um período e como professor em outros de maneira que vivenciei as mudanças ocorridas no sistema público educacional neste período.
Considerando-se que é direito do aluno o acesso ao saber e seu dever, se empenhar em apreendê-lo, com absoluta certeza, posso dizer que no transcurso do tempo este dueto tem perdido gradativa sintonia transformando-se num intenso ruído na atualidade.
É importante considerar que ganhamos em esforços de universalização do acesso à educação (escola para todos), mas é preciso reconhecer que perdemos na qualidade do produto final. Não basta estar matriculado em uma escola ou estar na escola para se ter acesso à educação. Além da frequência, é preciso que o aluno tenha compromisso com os deveres de estudante, quesitos que muitas vezes faltam comprometendo o trabalho dos professores em sala de aula e de todo sistema.
O tempo passou e as escolas não evoluíram. Permaneceram no giz e no quadro negro tornando-se enfadonhas. As exigências de frequência e participação afrouxaram concedendo-se promoções sem méritos e assim, as vicissitudes se instalaram.
Precisamos repensar a escola pública e todo sistema educacional brasileiro. É urgente, e podemos começar por aqui em vez de esperar que o estado ou federação o façam.
Renato Molleiro
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