VARZEANO INDEFINIDO
Patrimônio é campeão, mas ainda não recebeu o troféu
Paz contrata advogado e diz que vai até as últimas consequências para disputar a final
“Bafo” diz que vai até as últimas consequências para disputar o jogo da final.
O árbitro João Vitor Gobi, que apitou o 2º jogo da semifinal entre Os Mulekes da Dirce e Paz, onde o Paz saiu vencedor nos pênaltis, afirma no seu relatório que aos 73 minutos de jogo o goleiro Dú (Paz) “foi expulso por desferir um soco no jogador Juliano (Mulekes) e que no mesmo momento foi expulso Danilo (Mulekes) por revidar com um soco no goleiro”. Ele relata ainda que isso ocorreu quando o jogo estava paralisado para atendimento médico.
Com isso, conforme estabelece o regulamento da competição em seu artigo 32, o agressor é suspenso por 3 anos das atividades esportivas e o time é automaticamente ELIMINADO do campeonato.
DECISÃO DEMORADA
A reportagem de O COLINENSE noticiou que houve tumulto no jogo, porém não teve acesso ao relatório do árbitro. Noticiou também que haveria a final entre Patrimônio e Paz no domingo, dia 17, já que o Patrimônio foi o vencedor da semifinal e o Paz, até então, teria sido o vencedor do confronto. Porém o jogo não aconteceu.
O secretário de Esportes, Marcelo Pinto Neto “Barba” foi contatado pela reportagem e informou que não estava em Colina e que só iria se pronunciar quando retornasse de viagem a São Paulo na quarta-feira. Nesta data o jornal já tinha sido encaminhado para impressão.
Portanto pedimos desculpas aos nossos leitores pela informação errada sobre a final e ressaltamos que isso aconteceu porque a Secretaria de Esportes só tomou a decisão na quarta-feira a noite.
PRESIDENTE DO PAZ FOI NOTIFICADO A NOITE
O presidente do Paz, Flávio Bernardo “Bafo”, informou que ouviu boatos sobre a eliminação do seu time. Diz que buscou informação na Secretaria de Esportes, mas ninguém soube precisar.
“Na quarta-feira a noite, depois das 21 horas, recebi um telefonema e era o Barba dizendo para eu passar na casa dele. Foi aí que ele me entregou um ofício informando que o nosso time estaria eliminado da competição”, informou. O presidente acrescentou: “Não concordamos com esta decisão e então a diretoria decidiu contratar um advogado. Contratamos o dr. José Maria dos Santos, especialista em direito esportivo e com vasta experiência. Ele afirmou que realmente houve erro na decisão da Secretaria de Esportes”.
O presidente contou que na quinta-feira o advogado já ingressou com um processo na justiça comum com pedido de liminar. A juíza relatou que, como no regulamento da competição consta que existe um Tribunal de Justiça Desportivo, o mesmo deveria ter sido acionado para se manifestar sobre o caso antes de acionar a justiça.
Diante disso o advogado protocolou na Secretaria de Esportes, na terça-feira, dia 19, um Recurso Administrativo com Pedido de Liminar. No documento a defesa alega que a equipe não pode ser eliminada por um “fato isolado”. Diz que a punição deve recair apenas sobre o jogador infrator. Diante disso pede a anulação da decisão para que o time jogue a partida final. Diz também que o artigo 32, que trata da eliminação da equipe quando um jogador se envolve em agressão está “eivado de erros” e em total desconformidade com as regras desportivas da Federação Brasileira de Futebol.
O advogado José Maria também ressalta que o Secretário infringiu os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório ao não possibilitar a manifestação do time e sequer foi instaurado um procedimento administrativo.
A defesa também pede a constituição dos membros da TJD e quando foi instalado. Relata também que a composição deste Tribunal deve obedecer critérios estabelecidos no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Por fim pede a punição isolada do jogador e a anulação dos atos praticados e consequentemente a realização da partida final entre Patrimônio e Paz.
LAMENTÁVEL
O secretário Marcelo Pinto Neto “Barba” disse à reportagem que lamenta toda confusão ocorrida nesta reta final. “O campeonato é feito para o lazer e diversão dos colinenses e a gente gostaria muito que isso não acontecesse. Investimos em arbitragem de fora, doação de uniformes, bons campos, toda infraestrutura para que haja lazer e diversão e não confusão”. Ele também ressaltou: “Todos os dirigentes assinaram um termo concordando com as regras do campeonato. E a eliminação da equipe mediante agressão dos jogadores foi aceita por todos já há algum tempo justamente para por fim as confusões que ocorriam, portanto todos estavam cientes”.
Ele ressalta que o próprio “Bafo” assinou o termo concordando com as regras do campeonato no início da competição. Disse também que o departamento jurídico vai responder ao Recurso Administrativo do Paz ainda esta semana.
O secretário afirmou que: “a equipe do Patrimônio é a campeã do Varzeano 2017 e agora estamos providenciando a realização de um jogo amistoso para fazermos a entrega do troféu”.
“O TROFÉU É NOSSO”
Neto, o técnico do Patrimônio, disse que aguarda ansioso a entrega do troféu de campeão. “A regra é clara: brigou está eliminado. Então não tem o que discutir. Somos os campeões e queremos o nosso troféu”, declarou o técnico que já fez a festa pela conquista do título no último domingo entre jogadores, familiares e torcedores. “Só faltou o ingrediente principal: o troféu”.
Dúvidas
Quem Somos
Assine
Anuncie