Prefeito critica a falta de policiais na cidade
O prefeito Dieb Taha declarou à imprensa na primeira entrevista deste ano que a falta de policiais militares nas ruas tem deixado a cidade desprotegida. Ele fez duras críticas as constantes reduções que vem acontecendo no número de policiais desde que o Pelotão se transformou em Grupamento.
“Já tivemos cerca de 25 policiais anteriormente e hoje temos menos de 10 em atividade. É um absurdo. É lamentável ainda mais se compararmos que a cidade cresceu, temos novos bairros e o efetivo ao invés de aumentar, vem diminuindo. De nada adianta o empenho em solicitar novas viaturas. Hoje são 6 veículos à disposição para equipar a PM e oferecer melhores condições de trabalho, se temos um número reduzido de policiais e justamente em épocas de festividades, como neste final de ano, verificamos que só tinha uma viatura nas ruas e apenas dois policiais de serviço”, declarou Dieb.
“NÃO PODEMOS ACEITAR ESTA SITUAÇÃO”
Na virada do ano, após a queima de fogos, o prefeito presenciou o trágico atroplemento próximo à casa de sua mãe que tirou a vida do jovem Luiz Fernando da Silva Ferreira dos Santos.
Ele contou que estava chegando do Parque Débora Paro, pouco antes da uma hora quando presenciou a lamentável cena do acidente. Ele e o irmão, dr. Mohamed, prestaram os primeiros socorros ao jovem. O médico inclusive acompanhou a vítima na ambulância até o Pronto Atendimento.
Ele contou que a Polícia estava no P.S. atendendo um outro caso, porém não pode fazer o B.O. pois tinha outras chamadas na frente. “Fiquei no Pronto Atendimento até às 03h15 e a Polícia não havia retornado. Por volta de 5 horas da manhã a atendente me ligou dizendo que a PM havia chegado. Me dirigi ao local para prestar o depoimento como testemunha. Os policiais disseram que estavam em outros atendimentos. Neste período o jovem, em estado grave, já havia sido transferido para a Santa Casa. E lá, segundo consta, foi preciso fazer um B.O. já que aqui não havia feito”, relatou.
POLICIAIS TRANSFERIDOS
O prefeito ainda ponderou: “Em dias comuns a gente vê mais que uma viatura pela cidade e durante as festividades, que é necessário um reforço no patrulhamento, tem apenas uma viatura em serviço. Isso não pode acontecer. Também não concordo com este atendimento via 190 para a central de Ribeirão Preto. É um absurso. Em um caso grave destes a gente não consegue um atendimento rápido para quem sabe capturar o acusado, que trafegava em altíssima velocidade dentro da cidade. Não podemos concordar com este número escasso de policiais para nossa cidade e a situação piora quando ficamos sabendo que alguns dos nossos policiais foram transferidos para outras cidades como Jaborandi, Guaíra, Colômbia e Barretos. Inclusive com PM que foi deslocado para a Operação Verão no litoral. Enquanto isso nossa cidade está desprotegida. A falta de segurança toma conta da cidade com furtos, roubos e tráfico de drogas. O insistente aumento do furto de bicicletas é lamentável. Não podemos aceitar esta situação. Estaremos novamente na Secretaria de Segurança Pública cobrando providências urgentes. Do que adianta novas viaturas que pleiteamos se não temos policiais. Quero deixar claro também que as estatísticas não mostram a realidade. O que chega ao comando da Instituição não é a nossa realidade, visto que muitas pessoas, pela excessiva demora no atendimento desistem de registrar o B.O. e outros não o fazem, pois não acreditam na resolução do problema. Então as estatísticas não representam a nossa realidade. Somos parceiros das Polícias, tanto que na minha primeira gestão firmamos um convênio com o Governo Estadual onde a prefeitura paga um ‘pró-labore’ aos policiais militares para fiscalizarem o trânsito. Inclusive tem uma outra Lei, posterior, que a Polícia Civil também recebe ‘pró-labore’, portanto isto demonstra parceria, agora é preciso atender os anseios da população. Precisamos dar um basta nesta situação, a nossa população precisa de uma Polícia mais atuante, presente e que realmente ofereça a segurança que os colinenses necessitam”, finalizou o prefeito.
O OUTRO LADO
O Sargento Éder, comandante do Grupamento, informou à reportagem que os questionamentos do prefeito serão analisados e respondidos pelo setor competente da Polícia Militar. O jornal encaminhou ontem as perguntas ao setor de comunicação do 33º Batalhão da PM, em Barretos e aguarda o retorno para posterior publicação.
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