Confirmado caso de meningite viral

Uma pessoa do Mato Grosso veio a Colina apresentando os sintomas de infecção viral e foi encaminhada para Barretos, onde a suspeita de meningite viral acabou se confirmando. Mais dois casos suspeitos, um de Colina e outro de São Paulo, aguardam resultados de exames internados na Santa Casa.

A população não deve ficar alarmada porque a meningite viral não é notificada pelos municípios, sendo considerada a forma mais leve da doença que é considerada grave quando a transmissão é bacteriana. Tanto é que a secretária de Saúde, Dra. Sadia Daher Rodrigues Ferreira, disse que a Vigilância Epidemiológica de Colina não tem registro e notificação de casos de meningite.

“O que ocorre é que mês passado um paciente, residente no Mato Grosso cuja família reside em Colina, veio para nossa cidade com sintomas de infecção viral e foi encaminhado para Barretos com suspeita de meningite, sendo confirmada a do tipo viral. Ele foi tratado e passa bem”, esclareceu a secretária que salientou: “temos conhecimento, por meio de contato com a Santa Casa de Barretos, que dois pacientes estão internados suspeitos de estarem acometidos por algum tipo de infecção viral aguardando resultados de exames para confirmação diagnóstica, sendo que um deles não reside em Colina e veio para cá, já sintomática, onde a família reside procurar tratamento. Diante da suspeita clínica deve-se proceder a coleta de amostras biológicas para realizar a identificação do agente etiológico”.

A médica explicou ainda que não há registros e nem informações de mais casos. “Estes dois casos suspeitos são isolados, sem vinculação a outros casos. A meningite viral é o tipo mais comum nesta época do ano e que não é tão grave quanto à meningite bacteriana. A meningite sempre nos deixa preocupados, mas as virais são mais tranquilas, o quadro dura sete dias e nesse período vai melhorando sozinho, como se fosse uma gripe mesmo”. 

SINTOMAS E HIGIENE PARA EVITAR CONTÁGIO

As meningites caracterizam-se por febre, toxemia, prostração, cefaleia, vômitos, rigidez de nuca e da musculatura dorsal. O tratamento da meningite bacteriana ocorre com o uso de antibióticos associado ao tratamento de suporte, como reposição de líquidos e eletrólitos. “As meningites virais podem melhorar sem tratamento específico e geralmente requer apenas terapia de suporte. Só existe vacina para meningites bacterianas”, explicou a secretária. Ressaltou, “todos nós estamos propensos a contrair a doença. O principal reservatório das meningites bacterianas e virais é o homem. Na meningite bacteriana as bactérias são transmitidas de pessoa a pessoa, por meio de gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato direto com as secreções respiratórias do paciente. Na meningite viral os enterovírus são transmitidos de pessoa a pessoa por contaminação oral-oral ou fecal-oral”.

Doutora Sadia salientou também que para evitar o contágio deve ser evitado o contato direto com pessoas suspeitas ou com caso confirmado. “Além disso, é importante que as pessoas reforcem os cuidados com a higiene para evitar doenças transmitidas por via oral-fecal, como é o caso da meningite viral. A higiene tem de vir de casa, lavando as mãos, passar álcool gel depois de ir ao banheiro, antes de comer e não compartilhar utensílios”.

A Vigilância Epidemiológica trabalha com fluxos ativos a fim de assegurar a efetivação das medidas de prevenção e controle, dentre elas o isolamento do paciente, a quimioprofilaxia dos contatos próximos, a imunização, a identificação e caracterização oportuna de surtos. No ano passado o município não registrou nenhum caso de meningite.


Postado em 03/03/2018
Por: A Redação
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