Ações trabalhistas têm queda de 49% após reforma
O número de ações protocoladas em Barretos caiu 49% após a implantação da reforma trabalhista. O juiz Rodarte Ribeiro informou que as modificações trouxeram impactos significativos especialmente nas ações propostas a partir de 1º de janeiro. Segundo ele, até o último dia 4 foram contabilizados 383 novos processos neste ano. Em 2017, foram 2.850 ações, com média de 230 por mês. No ano de 2016, a justiça trabalhista chegou a receber mais de 3 mil processos. “Percebemos essa queda até porque os advogados estão aguardando quais as orientações e interpretações do TST sobre a reforma trabalhista. Ainda gera muitas dúvidas e alguns trabalhadores estão receosos de exercerem o direito da ação como vinha sendo feito”, destacou.
CORREIÇÃO
O desembargador do TRT da 15ª Região, Samuel Hugo Lima, coordenou correição na Vara do Trabalho de Barretos e destacou a importância do contato direto. “Mesmo com processos eletrônicos e acompanhando diretamente o trabalho, é fundamental termos contato com advogados, trabalhadores, imprensa e comunidade”, disse. Ele avalia que a reforma trabalhista está em período de transição. “Os advogados aguardam as interpretações e a reforma traz responsabilidades para empregado e empregador, além de ser muito rígida com a litigância de má fé”, destacou.
Sobre a contribuição sindical, o desembargador informou que é matéria que divide o TRT. “Alguns desembargadores têm dado liminar a favor dos sindicatos, mas acredito que o judiciário vai entender que o imposto acabou e se os sindicatos quiserem sobreviver terão que prestar bons serviços às categorias e conseguir associados. Essa é uma nova visão do sindicalismo”, finalizou. Extraído da edição do último dia 5 do “O Diário”, de Barretos.
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