Capela do Patrimônio passa por reformas com ajuda da comunidade
CAPA - Religiosos responsáveis pela manutenção da capela do bairro Patrimônio estão em campanha para arrecadar recursos para a conclusão das obras da “igrejinha”, construída em louvor a Nossa Senhora Aparecida.
Durval Malpelli, filho de um dos fundadores da capela e o antigo morador do bairro Evandro Andrade estão coordenando os trabalhos com o apoio do padre Santana.
Capela de Nossa Senhora Aparecida, no bairro Patrimônio, que está sendo recuperada.
Colina possui várias capelas ou “igrejinhas” por assim dizer na zona rural que no passado foram muito utilizadas devido a população ser numerosa, bem maior do que da cidade. Com o êxodo rural a situação se inverteu e hoje a grande parcela das pessoas vive na área urbana.
A única capela da cidade é a do Patrimônio, construída em louvor a Nossa Senhora Aparecida que se tornou a padroeira do bairro. Não se sabe ao certo, mas o templo foi erguido entre os anos de 1938 e 1940. Ao que parece não existem documentos que comprovem a data exata da fundação da capela que pode ter quase 80 anos.
FUNDADORES
A história da capela está diretamente ligada a Alfredo Malpelli, João Chiarele, Fiore Spechoto e Ludovico Sita, que iniciaram a campanha para que o Patrimônio tivesse um templo em louvor à Padroeira do Brasil. Durval Malpelli, fiel colaborador das ações da Paróquia São José, é filho do senhor Alfredo e contou à reportagem um pouco dessa história.
“Meu pai é um dos moradores mais antigos do Patrimônio que tinha só três moradias. O primeiro hidrômetro do bairro foi instalado na nossa casa. O feriado em que se comemora o Dia de Nossa Senhora Aparecida era sagrado para minha família. Me lembro, como se fosse hoje, dos rojões colocados na cerca de bambu para festejar o Dia da Padroeira do Brasil. A devoção à santa germinou na minha infância, floresceu e cresceu ao longo da vida”, disse Durval que contou também que na década dos anos 60, quando o padre José Filgus era vigário em Colina, foram construídas as laterais da capela.
Há algum tempo foram encontrados em uma garrafa, dentro do altar, alguns ofícios da Paróquia, informativo “A Voz da Paróquia” e cartaz da Festa de São José que foram emoldurados. Os papéis resgatam um pouco da história e revelam como se deu a chegada da imagem à capela.
PATRIMÔNIO ESPIRITUAL
Segundo os documentos e relatos do Sr. Durval, em março de 1961, o vigário José Figuls enviou convite ao presidente da Câmara, Francisco Tornelli, extensivo a todos os vereadores, para participarem da solenidade da bênção da imagem de Nossa Senhora Aparecida, ofertada à capela do Patrimônio pelo deputado estadual Roberto Cardoso Alves. O vigário ainda solicitava que João Paro “Piquira”, prefeito à época, chefiasse a comitiva de vereadores rumo ao Santuário Nacional em Aparecida. A imagem foi recebida na igreja São João Batista, em Bebedouro, pelos fiéis daquela paróquia e uma caravana de automóveis de Colina buscou a imagem em Bebedouro. A santa seguiu em procissão da igreja matriz até o Patrimônio. Atualmente a imagem foi retirada da capela provisoriamente até que as obras de recuperação estejam concluídas.
MAIS COLABORADORES
Assim como o pai, Durval Malpelli também está angariando fundos para as obras de melhoria que estão sendo executadas na capela. A última missa celebrada no local aconteceu em novembro de 2017. As obras começaram no final do ano passado com a troca do telhado e forro, que já estão concluídos. Nos últimos dias teve início a substituição do piso por mármore, semelhante ao da igreja matriz.
As obras contam com a colaboração dos moradores do bairro e da população colinense que está ajudando financeiramente por meio de doações. Evandro Dias de Andrade está coordenando as obras que também tem o acompanhamento do padre Santana.
A intenção era que os serviços fossem concluídos até outubro, mês com o feriado à Padroeira, mas devido ao grande volume de trabalho isso não será possível. As despesas com a reforma também superaram o montante arrecadado até o momento e então surgiu a necessidade de intensificar a campanha de doações, buscando novos colaboradores para que as obras não parem e a reforma completa seja concluída o mais breve possível.
Ao longo do tempo a capela foi ampliada lateralmente e há alguns anos foi construído nos fundos um salão que abriga os participantes da quermesse, onde também foi instalada uma cozinha para preparação dos quitutes típicos do evento. As pessoas que quiserem fazer doações, de qualquer valor, podem procurar o Sr. Durval ou o Escritório do Passarela.
Ofício expedido pelo padre José Figuls, em março de 1961, solicitando a participação do Prefeito e Presidente da Câmara para chefiar a comitiva colinense para a bênção da imagem na cidade de Aparecida.
Depois da recuperação do telhado e forro da “igrejinha”, a reforma agora se concentra na troca do piso que será substituído por mármore.
Durval Malpelli tem muitas lembranças da infância e a capela é uma delas, da qual o pai Alfredo foi um dos fundadores.
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