Imprensa brasileira perde jornalista Luiz Carlos Fabrini

Barretense integrou equipe pioneira da Reportagem Que Não Para

O jornalista Luiz Carlos Fabrini morreu ontem, no Hospital de Base, em São José do Rio Preto, onde estava internado. Ele tinha 84 anos e dei­xou a esposa Sali e os filhos Luiz Carlos, Luiz Guilherme e Maria Lígia, além de netos. Radialis­ta, jornalista e advogado, Fabrini iniciou nos meios radiofônicos em 1955 na antiga PRJ-8, integrou a equipe de pioneiros da Reportagem Que Não Para e teve passagens por várias emissoras de rádio e televisão, até chegar à Rede Vida de Televisão.

Considerado um dos mais brilhantes e competentes profissio­nais do rádio e da tele­visão, era a principal voz da Rede Vida, revolucio­nando o futebol paulis­ta com transmissões das divisões inferiores, além de destacar as jovens promessas das catego­rias de base, sem contar o futebol feminino que também tem espaço na emissora. Fabrini teve passagens pelas rádios Educadora de Uberlân­dia, Gazeta, Nacional – Globo de São Paulo e Clube de Ribeirão Pre­to. Na televisão traba­lhou na TV Triângulo de Uberlândia e TV Soares de Barretos. Foi editoria­lista, cronista e jornalista de O Diário, colaborando também na administra­ção municipal nas ges­tões dos ex-prefeitos Ary Ribeiro de Mendonça, Mélek Zaiden Geraige e Ibraim Martins da Silva.

Em 1994 recebeu o diploma Gente Que É Notícia e em 2011 foi o ganhador do Troféu Dom José de Mattos, como reconhecimento a sua atuação comunitária. Em 2017, Fabrini foi home­nageado no Troféu Ace­esp pelos seus 50 anos de jornalismo esportivo.

GERAÇÃO DE OURO

O jornalista Monteiro Neto, diretor de O Diário e da Rede Vida, afirmou que Fabrini pertenceu à geração de ouro da co­municação barretense, que originou a Reporta­gem que Não Para. “Ele foi um dos maiores inte­grantes da Reportagem que Não Para, trabalhou em São Paulo, Minas Gerais e fez história em Barretos na geração de ouro da comunicação junto com Monteiro Fi­lho, José Vicente, Marco Monteiro e Joel Waldo”, afirmou. Neto lembrou que Fabrini também ajudou a implantar a TV Soares Educativa (hoje Vale TV), idealizada por João Carlos Soares de Oliveira Júnior.

O jor­nalista destacou ainda a amizade entre Fabrini e seu pai, Monteiro Filho, fundador da Reportagem Que Não Para e da Rede Vida. “Ele é amigo do meu pai desde a infân­cia, as famílias sempre foram amigas. O Fabrini era pessoa espiritualiza­da, um amigo leal, um grande redator e um ex­cepcional formador de talentos. Foi assim na rádio Independente, jor­nal O Diário, TV Soares e também na Rede Vida. Ele ajudou a fazer novos talentos florescerem na imprensa de Barretos e do Brasil”, completou.

ACADEMIA

A Academia Barretense de Cultura divulgou nota de pesar pelo falecimen­to de Luiz Carlos Fabrini. O jornalista era titular da Cadeira nº 13 da ABC.

RECONHECIMENTO: Fabrini foi homenageado com o Troféu Dom José de Mattos em 2011. Tininho Júnior

Extraído do Jornal O DIÁRIO de Barretos


Postado em 28/09/2018
Por: A Redação
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